Marcelo Bretas entende que, apesar de rumores de uma delação premiada, Eike não tem colaborado com as investigações
O juiz federal Marcelo da Costa Bretas, responsável pelos desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, negou nesta quinta-feira o pedido da defesa do empresário Eike Batista para que ele fosse mandado à prisão domiciliar ou transferido à Superintendência da Polícia Federal no Rio. Acusado de pagar 16,5 milhões de reais em propina ao ex-governador Sérgio Cabral e principal alvo da Operação Eficiência, Eike está preso em uma cela comum de Bangu 9, no Complexo Penitenciário de Gericinó, porque não tem curso superior.
Os advogados do ex-bilionário alegaram a Bretas que há riscos à integridade física dele, sobretudo depois que cresceram as especulações de uma delação premiada, e que Eike colaborou com os investigadores ao negociar sua volta dos Estados Unidos ao Brasil depois da deflagração da Eficiência.
O Ministério Público Federal, por sua vez, ponderou ao magistrado que Eike Batista só voltou do exterior depois da inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol e que a passagem a Nova York foi comprada no mesmo dia da viagem, “fatos que contradizem a sua atitude supostamente colaborativa”.
“Verifico que a alegada participação do investigado no esquema criminoso sob investigação afigura-se relevante, não havendo fato novo que justifique qualquer modificação no decreto prisional inicial”, afirma o juiz.
Fonte:G1