CAIENA – Enquanto o mundo se prepara para os Jogos Olímpicos, um raio de esperança atravessa as fronteiras entre o Brasil e a França, na emblemática região da Guiana Francesa. Brenda Isabella Barata Barros, uma paraense de 17 anos, está prestes a fazer história como a primeira brasileira a conduzir a tocha olímpica em solo francês.
Nascida em Vigia de Nazaré, uma pequena cidade a 120km de Belém, Brenda enfrentou desafios desde tenra idade. Aos 12 anos, começou a perder a visão devido a uma síndrome rara e misteriosa, que ainda desafia os médicos. Mas a escuridão não obscureceu sua determinação. Com o apoio inabalável de sua família, Brenda encontrou forças para enfrentar cada obstáculo que a vida lhe impôs.
Foi o amor e a perseverança de sua mãe, Tatiana, que abriram portas inesperadas. Um e-mail emocionante ao comitê organizador dos Jogos Olímpicos foi o primeiro passo para que Brenda fosse selecionada como condutora da tocha. Sua história de superação não passou despercebida. Desde então, Brenda se tornou um símbolo de resiliência e inspiração não apenas para sua comunidade, mas para o mundo inteiro.
A jornada de Brenda não foi fácil. Sem acesso adequado a tratamento no Brasil, sua família embarcou em uma jornada de esperança rumo à Guiana Francesa, em busca de respostas e apoio. Lá, enfrentaram novos desafios, mas também encontraram solidariedade e oportunidades.
Enquanto se prepara para carregar a tocha olímpica em Caiena, capital da Guiana Francesa, Brenda reflete sobre sua jornada e suas aspirações futuras. Apesar da escuridão que a cercou, ela encontrou luz na educação, na cultura e no esporte. Com determinação inabalável, ela sonha em ingressar na universidade e, um dia, tornar-se diplomata. Sua visão não está limitada pela cegueira, mas ampliada por sua vontade de vencer.