Desde que o governo do Suriname admitiu que um dos brasileiros que ingressou ilegal no país testou positivo para a Covid-19, uma enxurrada de comentários xenofóbicos tomou conta das redes sociais, sobretudo, porque o Ministério da Saúde, em Paramaribo, não anunciava casos confirmados do vírus desde o final de março.
O cenário começou a mudar quando Jerry Slijngaard, da Equipe Nacional de Gerenciamento da Covid-19, confirmou durante uma coletiva de imprensa a existência de uma rota ilegal, principalmente, com saída de Belém. Segundo ele, os imigrantes chegam até costa do Suriname em embarcações de médio porte e atravessam para barcos menores de pesca até a margem.
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Ao serem detidos, os ilegais são colocados em quarentena, em hotéis, com tudo pago pelo governo federal. “Agora estão hospedados no Torarica, em Paramaribo, com o nosso dinheiro arrecadado com os impostos que pagamos”, disparou um internauta. “Onde estão nossas autoridades?”, indagou outro surinamês num segundo post.
“Para que esse filme triste recomece é necessária apenas uma pessoa contaminada (com o vírus). Por favor, envie de volta”, disse um homem em um grupo no Facebook. Uma segunda opinião se mostrou mais sensível à situação dos brasileiros. “Entendo que eles estão procurando um lugar seguro, mas não podem entrar no nosso país sem autorização”.
“Nossa comunidade está em risco. Precisamos de uma atuação mais forte do pessoal da KPS”, completou um seguidor da página do LPM News. Logo em seguida, outro internauta denunciou que, além de Belém, uma segunda rota ilegal seria do Oiapoque, no Amapá. “Duas vezes por semana chegam voadeiras do Oiaporque, com pessoas do Maranhão e de Belém”, concluiu.
Foto: LPM News
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