DA REDAÇÃO – Após 467 dias de intensos conflitos que resultaram em quase 48 mil mortes, Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo, anunciado no Catar e mediado por EUA, Catar e Egito. Este é o segundo cessar-fogo desde o início da guerra em outubro de 2023, prometendo medidas para um fim definitivo do confronto em fases distintas.
O cessar-fogo, que entra em vigor no domingo (19), propõe a libertação de cerca de cem reféns sob controle do Hamas e a retirada das tropas israelenses de Gaza. Na primeira etapa, 33 reféns, incluindo mulheres, crianças e idosos, serão libertados. Em troca, Israel se compromete a libertar mais de mil prisioneiros palestinos.
O acordo também estipula um aumento significativo na ajuda humanitária à Faixa de Gaza, onde a crise humanitária se intensificou. No entanto, ainda há incertezas sobre a futura governança do território, com discussões em andamento sobre uma administração provisória até que uma Autoridade Palestina reformada possa assumir o controle.
Este acordo ocorre às vésperas da posse de Donald Trump como presidente dos EUA, que prometeu ser instrumental na obtenção de um cessar-fogo. A comunidade internacional observa com expectativa a implementação das etapas acordadas, que poderão definir o futuro da paz na região.
O anúncio do cessar-fogo foi recebido com celebrações em Gaza e protestos silenciosos em Tel Aviv, refletindo a complexidade das emoções e expectativas em torno do conflito. Apesar do otimismo cauteloso, muitos desafios permanecem, incluindo questões de controle de fronteiras e a libertação final de todos os reféns.