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Guiana propõe bases militares com apoio estrangeiro em área reivindicada pela Venezuela

O ministro da Defesa venezuelano, general Vladimir Padrino, reagiu às ações de Ali, descrevendo o presidente guianense como um "valentão de bairro"

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GEORGETOWN – Nesta sexta-feira, 24 de novembro, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, participou de uma cerimônia no disputado território do Essequibo, onde uma gigantesca bandeira guianense foi hasteada. O evento ocorreu em meio a crescentes tensões com a Venezuela, país que também reivindica a região.

O Essequibo, um território de 160.000 km² rico em petróleo e recursos naturais, tem sido objeto de disputa entre Guiana e Venezuela há mais de um século. Recentemente, as tensões se intensificaram, especialmente após a descoberta de reservas significativas de petróleo na região e as negociações entre a Guiana e a ExxonMobil para explorar essas reservas.

Na noite anterior à cerimônia, o presidente Ali esteve no Essequibo acompanhado por militares, onde planeja estabelecer bases militares com o apoio de países estrangeiros. A ação gerou reações por parte de Caracas, que acusa a Guiana de provocação.

No monte de Pakarampa, a poucos quilômetros do estado venezuelano de Bolívar, Ali participou do hasteamento da bandeira guianense, conhecida como “Ponta da Flecha Dourada”. Posteriormente, recitou o “Juramento de Lealdade” nacional, conforme mostrado em um vídeo divulgado por seu partido.

O ministro da Defesa venezuelano, general Vladimir Padrino, reagiu às ações de Ali, descrevendo o presidente guianense como um “valentão de bairro” e criticando a abordagem militar na disputa. Padrino também expressou descontentamento com a suposta convocação do Comando Sul dos Estados Unidos para estabelecer uma base de operações na região.

As tensões atingem um novo patamar com a anunciada visita de duas equipes do Departamento de Defesa americano à Guiana na próxima semana. O governo guianense apela para uma sentença arbitral de 1899 que estabeleceu as fronteiras atuais, enquanto a Venezuela baseia sua reivindicação no Acordo de Genebra, assinado em 1966 com o Reino Unido.

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