Imagens que circulam nas redes sociais mostram a explosão do que seria o navio russo Moskva após ataque reivindicado pela Ucrânia na semana passada. O navio era o principal das tropas do país no Mar Negro.
A Ucrânia alega que o cruzador foi atingido por um míssil lançado por suas forças. A Rússia, por sua vez, não reconheceu que foi um ataque que causou o incêndio na embarcação, dizendo que a sua origem está sob investigação, possivelmente tendo sido causada por uma explosão de munição. Os mais de 500 tripulantes deixaram o navio, disse a Rússia. Nenhum dos dois países confirmou que as fotos são mesmo da embarcação.
Neste sábado, o Ministério da Defesa da Rússia divulgou pela primeira vez imagens do que diz ser a tripulação do navio de guerra Moskva após o naufrágio da embarcação. O vídeo mostra um grande grupo de marinheiros na cidade portuária de Sebastopol, na Crimeia, sendo recebido pelo comandante-chefe da Marinha, Almirante Nikolay Yevmenov.
Yevmenov diz que os oficiais e marinheiros atualmente residem em sua base de Sebastopol e continuarão seu serviço na Marinha. A Rússia não relatou nenhuma vítima do naufrágio.
As agências de notícias russas disseram que o Moskva, de 12.500 toneladas e construído em 1983, estava armado com 16 mísseis de cruzeiro antinavio Vulkan, com alcance de pelo menos 700 quilômetros. Esses mísseis deveriam ser destinados principalmente a ataques contra porta-aviões. Como a Ucrânia não tem esses equipamentos no Mar Negro, acabavam não sendo tão relevantes.
O cruzador, no entanto, também estava equipado com uma arma mais significativa: uma bateria de 64 mísseis terra-ar S-300F. Esses projéteis de longo alcance permitiam que o navio estabelecesse uma zona em que as aeronaves ucranianas corriam riscos ao operar.