Cepa H5N1 dizimou criações avícolas de ao menos cinco países. Vírus poderia afetar mais de 330 milhões de pessoas na região.
Uma cepa altamente contagiosa da gripe aviária está se espalhando pela África Ocidental, dizimando criações avícolas e causando o temor de que o vírus se espalhe das aves para humanos, alertou a agência de alimentos da ONU nesta segunda (20).
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), mercados e fazendas na Nigéria, Burkina Fasso, Níger, Costa do Marfim e Gana foram afetados pelo vírus letal H5N1 ao longo dos últimos seis meses.
Se o vírus continuar a se espalhar, poderia afetar mais de 330 milhões de pessoas em toda a África Ocidental, prejudicando a segurança alimentar e a saúde humana em uma região que ainda se recupera da crise do ebola.
“São necessárias medidas urgentes para reforçar a pesquisa veterinária e sistemas de informação de casos… para combater a doença na raiz, antes que haja disseminação para os seres humanos”, disse Juan Lubroth, chefe da divisão de saúde animal da FAO, em um comunicado.
Só na Nigéria, desde o ano passado 1,6 milhão de aves foram mortas pelo vírus ou abatidas para impedir a sua propagação, de acordo com a FAO, o que prejudica a economia e tira dos cidadãos uma fonte relativamente barata de proteína.
Outros países do oeste africano, incluindo Benin, Camarões, Mali e Togo, não identificaram casos de gripe aviária, mas precisam continuar a monitorar a situação para evitar a sua propagação, disse a FAO.
Segundo a FAO, a produção de aves cresceu rapidamente em toda a África Ocidental na década passada. Na Costa do Marfim, por exemplo, se expandiu mais de 60%, mas os sistemas regulatórios não mantiveram o mesmo ritmo.
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Fonte: G1