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quinta-feira, 17 abril, 2025

Golpe do Pix errado faz novas vítimas no Brasil: entenda como funciona e como se proteger

Criminosos usam honestidade das vítimas e Mecanismo Especial de Devolução (MED) para aplicar fraudes bancárias

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DA REDAÇÃO – O número de tentativas de fraude via Pix tem crescido de forma alarmante no Brasil. De acordo com o Banco Central, o uso do Mecanismo Especial de Devolução (MED) quase dobrou em apenas um ano: foram 2,5 milhões de pedidos de devolução em 2023, número que saltou para quase 5 milhões em 2024. O aumento reflete a nova onda de golpes envolvendo transferências via Pix, e o mais recente alerta envolve uma tática que dispensa invasões de conta ou roubo de senhas.

Como funciona o golpe do Pix errado

Tudo começa com um depósito inesperado: a vítima recebe um Pix, geralmente com valor significativo, e logo depois é abordada por mensagem ou ligação. Do outro lado, alguém afirma ter feito a transferência por engano e pede que o valor seja devolvido — mas não pela mesma chave Pix.

Em vez disso, o golpista fornece uma nova conta bancária, geralmente registrada em nome de um comparsa. Quando a vítima, por boa-fé, faz a devolução, acredita ter resolvido o problema. Mas o golpe está só começando.

O uso malicioso do Mecanismo Especial de Devolução (MED)

Após receber de volta o dinheiro, o golpista aciona o MED Pix junto ao banco e solicita o cancelamento da primeira transferência, alegando fraude. Como o sistema foi criado justamente para proteger usuários em casos de golpe, o valor é estornado — mas agora da conta da vítima, que fica no prejuízo.

💡 Exemplo prático:

  • A vítima tem R$ 3 mil na conta.

  • Recebe R$ 1 mil via Pix.

  • Devolve o valor para outra conta, indicada pelo suposto remetente.

  • O golpista aciona o MED.

  • O banco estorna os R$ 1 mil da conta da vítima.
    🔴 Resultado: prejuízo de R$ 1 mil.

Como se proteger do golpe do Pix errado

A forma mais segura de devolver um Pix é utilizando o próprio sistema de devolução oferecido pelo aplicativo do seu banco. O processo é simples e impede que o golpista utilize o MED:

  1. Acesse o app do banco;

  2. Vá até o extrato do Pix recebido;

  3. Clique sobre a transferência;

  4. Selecione a opção “Devolver este Pix”.

Segundo Walter Faria, executivo da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), esse procedimento garante que a devolução seja registrada pelos dois bancos envolvidos, o que anula a possibilidade de uso indevido do MED. “Tem todo o registro para os dois bancos, então não cabe ao banco de origem solicitar o MED”, explicou em entrevista ao Jornal Nacional.

Dica final: honestidade com atenção

Recebeu um Pix de desconhecido? Nunca devolva manualmente. Use sempre a função de devolução do banco. No mundo digital, a honestidade precisa caminhar com a segurança.

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