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Garimpo devastou área de 4 campos de futebol por dia em 2023, aponta Greenpeace

O levantamento, realizado por meio de imagens de satélite, revelou que mais de mil hectares de territórios indígenas foram abertos para atividades de garimpo

Atualizado há

PARAMARIBO – O garimpo ilegal na Amazônia continua a representar uma ameaça significativa para as terras indígenas no Brasil, com dados recentes revelando um aumento alarmante na invasão dessas áreas protegidas. De acordo com informações divulgadas pelo Greenpeace Brasil nesta segunda-feira (11), uma área equivalente a quatro campos de futebol por dia foi invadida ao longo de todo o ano de 2023 nas terras indígenas Yanomami, Kayapó e Munduruku.

O levantamento, realizado por meio de imagens de satélite, revelou que mais de mil hectares de territórios indígenas foram abertos para atividades de garimpo. Vale ressaltar que tais atividades são consideradas ilegais, uma vez que as terras indígenas são protegidas por lei.

O garimpo ilegal não apenas viola os direitos das comunidades indígenas, mas também representa uma das principais ameaças à vida e à cultura desses povos. Embora o governo federal tenha anunciado uma ofensiva contra os garimpeiros no início de 2023, principalmente na Terra Yanomami, as áreas continuam vulneráveis, evidenciando a urgência de ações efetivas para conter essa atividade criminosa.

A Amazônia concentra a maior parte das atividades de garimpo do país, com dados do MapBiomas indicando que até 92% de toda a atividade de garimpo estava localizada na floresta até 2022. Dentro desse contexto, as terras indígenas Kayapó, Munduruku e Yanomami emergem como os territórios com maior concentração de garimpos.

Cada hora que os garimpeiros permanecem dentro desses territórios representa uma ameaça adicional às pessoas, aos recursos hídricos e à biodiversidade local. É imperativo que medidas imediatas sejam tomadas para garantir a proteção dessas áreas e a preservação do meio ambiente.

Enquanto isso, o governo federal tem proposto planos para recuperar áreas degradadas da Amazônia e do Cerrado, utilizando gado e agricultura, mas sem reflorestamento. Essas propostas levantam preocupações sobre a eficácia e a sustentabilidade dessas práticas, especialmente considerando os impactos negativos do desmatamento e da degradação ambiental nessas regiões.

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