CAIENA – A comunidade brasileira que atua nos garimpos do Suriname e da Guiana Francesa expressou indignação diante das declarações do promotor Yves Le Clair, de Caiena, que afirmou que os militares da Gendarmerie atiraram em Oscar Abreu porque ele teria tentado atacá-los com uma faca.
A declaração de “legítima defesa” deixou a comunidade perplexa e revoltada, com muitas mensagens enviadas à redação do LPM News contestando a versão apresentada pela autoridade francesa. “É uma mentira descarada. Mentirosos”, disparou.
Outra testemunha expressou sua indignação, afirmando: “O rapaz não fez nada. Estamos indignados com as declarações dessa pessoa. A Justiça pode até não fazer nada, mas a de Deus sim vai se encarregar de culpabilizar quem fez isso. Era um trabalhador.”
A revolta foi intensificada por insinuações de vingança por parte dos militares franceses. Uma terceira pessoa acusou os militares de retaliarem pelo ocorrido com um de seus colegas: “Como aconteceu a morte daquele militar deles, eles fizeram isso com o Oscar, mas ele não merecia nada disso”, concluiu.
O CASO
Relembrando o caso, o promotor de Caiena confirmou a morte de um garimpeiro ilegal brasileiro durante uma operação de combate à extração ilegal na Guiana Francesa. Segundo Yves Le Clair, o incidente ocorreu quando uma patrulha conjunta da polícia e das Forças Armadas da Guiana se deparou com quadriciclos “decididos a abrir caminho”.
O promotor relatou que um dos brasileiros “correu em direção a um policial com um facão na mão”, levando a um agente a abrir fogo em legítima defesa. O incidente está sob investigação para esclarecer os detalhes precisos do confronto, enquanto a comunidade brasileira clama por justiça e exige uma investigação minuciosa sobre as circunstâncias da morte de Oscar Abreu.