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Gabinete de Israel discute proposta de cessar-fogo

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Segundo a CNN, o plano tem apoio dos EUA e a trégua duraria sete dias. Ban Ki-moon critica Israel por ataque a escola da ONU e mortos já passam de 800.

Um oficial do Ministério da Defesa de Israel afirmou que o Gabinete de Segurança está reunido para discutir esforços internacionais de cessar-fogo, reporta a rede CNN. O funcionário falou sob a condição de não ter o nome publicado porque a reunião ocorre a portas fechadas. O escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não quis fazer nenhum comentário de imediato. Segundo a rede americana, há na mesa de negociações um plano de trégua de sete dias apoiado pelo secretário de Estado americano John Kerry.

A polícia de Israel informou que milhares de oficiais foram deslocados para a Cidade Antiga de Jerusalém, antecipando um possível protesto palestino após as orações de sexta-feira. A Faixa Gaza enfrentou bombardeios aéreos durante a noite, enquanto cidades israelenses deram o alarme alertando para foguetes do Hamas nesta sexta de manhã. Os foguetes foram interceptados pelo sistema de defesa aérea israelense.

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No mais recente incidente que inflamou as tensões em ambos os lados, pelo menos quinze civis morreram em escola da ONU bombardeada por Israel na quinta-feira. As mortes causaram indignação entre os palestinos e na ONU, com o secretário-geral Ban Ki-moon classificando o incidente como “totalmente inaceitável”. Israel sabia que a escola da ONU em Beit Hanoun servia como abrigo para civis na Faixa de Gaza, acusou o porta-voz da ONU, Chris Gunness, segundo o jornal The Times of Israel. De acordo com um porta-voz do Exército, os ataques não tinham como alvo o abrigo, mas sim militantes do Hamas que estavam atirando da área.

Mortes – O Ministério da Saúde em Gaza elevou nesta sexta-feira o número de mortos na operação militar de Israel para 813, enquanto os feridos chegam a 5.237, depois dos últimos bombardeios do Exército israelense. As residências de dirigentes e membros de facções armadas foram os alvos dos últimos ataques das Forças de Defesa de Israel no território palestino. Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf al Quedra, entre os mortos nos últimos ataques está o líder local da Jihad Islâmica, Abu Ahmed Abu Hasanin, e dois de seus filhos, depois que sua casa na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, foi atingida por mísseis disparados de caças israelenses, um ataque que também deixou dez feridos.

Além disso, caças-bombardeiros israelenses dispararam vários mísseis contra a residência do dirigente do Hamas Salah al Bardawil ao leste da cidade de Khan Yunes, no extremo sul do território palestino, mas sem deixar feridos. O Exército israelense confirmou que atacou nas últimas horas as casas de vários dirigentes em Gaza, de acordo com a rádio pública israelense. Israel já contabiliza 36 mortos, sendo 34 militares e dois civis.

Civis – O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários apontou em um relatório que pelo menos 578 civis estão entre os mortos em Gaza nos 18 dias da operação israelense, entre eles 185 crianças e 93 mulheres. A ONU detalhou que mais de 40 famílias na Faixa de Gaza perderam ao menos três membros e que 149.000 deslocados buscaram refúgio em 83 escolas da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA, sigla em inglês). Além disso, relatou que a única usina de eletricidade da Faixa de Gaza foi alvo de três bombardeios e o último deles provocou seu fechamento.

O Hamas costuma ameaçar as pessoas que tentam fugir dos locais dos bombardeios justamente para tentar fazer com que as imagens de vítimas civis choquem o mundo. Em pelo menos uma dessas oportunidades, a Força Aérea israelense suspendeu um ataque depois que dezenas de civis subiram em um prédio que seria bombardeado. Os civis estavam sendo usados como escudos-humanos para proteger instalações do Hamas. A Faixa de Gaza é uma área de 362 km² (menor que a Zona Sul de São Paulo ou do Rio), densamente povoada, onde vivem 1,8 milhão de pessoas em meio à miséria, submetidas ao comando do Hamas.

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Fonte: agência France-Presse e Estadão Conteúdo

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