Hollande anunciou que considera eventuais ataques aéreos. Ele descartou intervenção militar terrestre contra rebeldes.
O presidente da França, François Hollande, anunciou nesta segunda-feira (7) que deu instruções para que as Forças Armadas de seu país realizem voos de reconhecimento para eventuais ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI) na Síria.
“Decidi que a partir de amanhã haverá voos de reconhecimento, em colaboração com a coalizão internacional. Em seguida, segundo a informação que colhamos, estaremos prontos para bombardear”, disse o presidente da França, país que já participa da campanha contra o EI no Iraque, mas que até agora se tinha oposto a fazê-lo em território sírio.
Em sua entrevista coletiva semestral realizado hoje no Palácio do Eliseu, Hollande descartou uma intervenção militar terrestre na Síria, ao considerá-la “inconsequente” e “irrealista”.
No julgamento do líder, “no Iraque corresponde aos iraquianos, e na Síria aos rebeldes e às forças regionais” batalhar no terreno.
Hollande insistiu que o presidente sírio, Bashar al Assad, deverá deixar o poder em um momento ou outro da transição.
“Não se deve fazer nada que possa consolidar ou manter Bashar al Assad (…). É o que devemos fazer para que possa haver um reagrupamento dos sírios sobre uma base democrática”, assinalou.
Hollande disse ainda que há provas de que ataques foram planejados pelo Estado Islâmico, a partir da Síria, contra vários países e que é sua responsabilidade assegurar que o país possui informações contra as ameaças. Ele salientou que a fuga em massa de imigrantes para a Europa está ligada à presença de terroristas na região.
Os Estados Unidos estão realizando ataques aéreos na Síria e no Iraque, mas a França estava limitando seus planos até agora ao espaço aéreo iraquiano, segundo o jornal “The Guardian”, que também divulgou a decisão do presidente francês.
Deixe seu comentário abaixo.
Fonte: G1