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Fornecedor do PT, agora, diz que é dono de empresa que recebeu R$ 24 milhões

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Empresário diz a jornal que toca a companhia que tem como sócio um ex-motorista. E que ‘merecia o dobro’ pelo trabalho na campanha de Dilma.

O empresário Carlos Cortegoso, que não figura como sócio da Focal Confecção e Comunicação Visual, segunda maior fornecedora da campanha da presidente Dilma Rousseff, diz, agora, que é ele o dono da empresa. A Focal tem como um dos sócios Elias Silva de Mattos, que até o ano passado declarava ser motorista e recebia salário de cerca de 2.000 reais mensais. A outra sócia é Carla Regina Cortegoso, filha do empresário. Ao jornal Folha de S. Paulo, Cortegoso negou que Mattos seja um laranja. E disse que a empresa foi colocada no nome da filha porque estava inadimplente em 2003, ano em que criou a Focal.

“Quem me dera o menino ser um laranja”, afirmou Cortegoso à Folha, em referência a Mattos. “Só se for um Citrosuco, só se for esmagado. Vou colocar um laranja junto com a minha filha?”. O empresário disse ainda que pediu à filha que fosse titular da Focal e escalou, à época, o funcionário José Marcos Bortalaia para integrar o quadro se sócios. Bortalaia, porém, deixou a empresa em 2013. Cortegoso, então, teria pedido a Mattos que se tornasse sócio, por pressão de seu contador. “Eu que toco a empresa e sou o responsável. Eu precisava e ele merecia. Ele era quem mais reunia méritos para ser recompensado”, afirmou.

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A empresa recebeu 24 milhões de reais do PT e teve as notas fiscais apontadas como irregulares pelos técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pediram a rejeição das contas da presidente nas prestações da campanha de 2014. Somente o marqueteiro João Santana recebeu mais dinheiro da campanha do que a Focal. Dos 350 milhões de reais em gastos declarados pela presidente em 2014, um recorde para qualquer pleito no país, 70 milhões de reais foram diretamente para a conta da empresa do marqueteiro, a Pólis Propaganda. Outros 8 milhões de reais foram repassados à empresa por meio do diretório nacional do partido.

O empresário disse ainda que seu primeiro contato com o PT se deu em 2002, por meio de Paulo Okamoto, assessor do ex-presidente Lula. Depois, passou a tratar com os tesoureiros Delúbio Soares, Paulo Ferreira e João Vaccari Neto. Sobre os 24 milhões de reais, afirma que “merecia o dobro” pelo trabalho. E que sua parceria com o marqueteiro João Santana é “muito boa”. Disse também que é líder de mercado e faz comícios para o PT desde 2006.

De acordo com reportagem do jornal, a empresa está localizada em São Bernardo do Campo e declarou ter prestado serviços na área de montagem de eventos. O motorista Mattos passou a integrar o quadro societário em 29 de novembro do ano passado, com participação de 3.000 reais. Já a outra sócia, Carla Regina Cortegoso, tem cota de 27.000 reais na empresa. Procurado pelo jornal para tratar do caso, Mattos afirmou: “Eu sabia que ia virar transtorno na minha vida”. E prosseguiu: “Eu não posso dar entrevista, não estou preparado para falar”. Sugeriu ainda à reportagem que fosse falar “com eles”, referindo-se à empresa.

Este não é o primeiro caso em que a Focal e Cortegoso são citados em circunstâncias suspeitas. Em 2005, o operador do mensalão, Marcos Valério, afirmou que a empresa era uma das destinatárias de recursos do esquema – por ordem do PT. Em documento entregue à CPI dos Correios, Valério cita tanto a empresa quanto Cortegoso.

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Fonte: Veja

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