CAIENA – Em uma demonstração de cooperação internacional, as forças armadas do Brasil e da Guiana Francesa lançaram a Operação Jararaca, em abril, para enfrentar atividades criminosas na região de fronteira entre os dois países. A operação ocorreu na região de Oiapoque, no estado brasileiro do Amapá, e contou com a participação do Comando de Fronteira Amapá e do 34º Batalhão de Infantaria de Selva (CFAP/34ºBIS) do Exército Brasileiro, em colaboração com militares da Guiana Francesa.
O foco da operação foi o combate a crimes transfronteiriços, incluindo a extração ilegal de minérios em garimpos, caça ilegal de animais silvestres e tráfico de drogas. Essas atividades, comuns na região da Amazônia Oriental, têm causado sérios danos ambientais e sociais, segundo o Comando Militar do Norte (CMN) do Exército Brasileiro.
A Operação Jararaca mobilizou mais de 300 militares, além de agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Marinha do Brasil. O esforço conjunto resultou na desarticulação de grupos envolvidos no garimpo ilegal e na apreensão de munições, armamentos, entorpecentes e dinheiro em espécie.
O Tenente-Coronel de Infantaria Wiliam Miranda Silva, comandante do 34ºBIS, destacou que a operação não só visou coibir crimes transfronteiriços, mas também reforçar a integração e a diplomacia militar entre o Brasil e a Guiana Francesa. “Essa boa relação entre os exércitos brasileiro e francês permite uma troca de informações e experiências que é crucial para a segurança e proteção da região”, afirmou o Ten Cel Wiliam.
Os resultados da Operação Jararaca evidenciam o alto nível de preparação e a eficácia da colaboração entre as Forças Armadas e os órgãos de segurança pública, como a Polícia Federal e a Marinha do Brasil, segundo o CMN.
Além da Operação Jararaca, em março deste ano, o Brasil e a Guiana Francesa também realizaram a Operação Gran Rochelle. Essa missão teve como objetivo o combate a organizações criminosas na Amazônia, incluindo tráfico de drogas, tráfico humano e garimpo ilegal. A Operação Gran Rochelle resultou na apreensão de cocaína, maconha, ouro, pedras preciosas, munições, dinheiro, combustível e equipamentos utilizados em crimes ambientais.