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Foguete Vega-C desaparece logo após a decolagem, na Guiana Francesa

Empresa responsável fala em 'anomalia' no segundo estágio do lançador; voo havia sido adiado por um mês devido a um elemento de lançamento com defeito

Atualizado há

O foguete Vega-C, em Korou, na Guiana Francesa, desapareceu logo após a decolagem, quando tentava colocar em órbita dois satélites de observação da Terra construídos pela Airbus destinados a se juntar a uma rede capaz de capturar imagens de alta qualidade de qualquer ponto do globo várias vezes ao dia. Dez minutos após a decolagem às 22h47 no horário local (01h47 GMT) desta terça-feira, no entanto, a trajetória do lançador desviou-se de sua rota programada e as comunicações foram perdidas.

Se tivesse sido bem-sucedido, seria o primeiro lançamento comercial do foguete desde sua viagem inaugural, em 13 de julho.

“A missão está perdida”, disse Stephane Israel, chefe do provedor de serviços de lançamento comercial Arianespace, do Centro Espacial Kourou, na Guiana Francesa. Em comunicado, a empresa informou que uma “anomalia ocorreu” no segundo estágio do lançador, “encerrando a missão Vega-C”.

A Arianespace descobriu que não houve precipitação de detritos após a decolagem e acrescentou que “a análise de dados está em andamento para determinar as razões dessa falha”. Originalmente agendado para 24 de novembro, o voo havia sido adiado por quase um mês devido a um elemento de lançamento com defeito.

O Vega-C é anunciado como o precursor do futuro Ariane 6, que a Agência Espacial Europeia (ESA) espera que permita à Europa se tornar mais competitiva no mercado de satélites em rápida expansão. A falha de terça-feira é um grande revés para a ESA, que tem 22 estados membros e é responsável pelos programas europeus de lançadores.

A competição global no mercado se intensificou nos últimos anos, com a SpaceX de Elon Musk assumindo uma liderança gigantesca. As esperanças europeias foram depositadas no foguete Ariane 6, mas o adiamento para o final de 2023 do voo inaugural, inicialmente planejado para 2020, frustrou as expectativas da ESA.

O setor espacial da Europa foi ainda mais enfraquecido pela invasão da Ucrânia, que pôs fim à sua cooperação com a Rússia. Em resposta às sanções impostas a Moscou pela União Europeia, a Rússia suspendeu os lançamentos espaciais da Guiana Francesa e retirou seu pessoal técnico. Na falta de alternativa, a ESA viu-se obrigada a recorrer à SpaceX para lançar duas missões científicas.

O lançamento do Vega-C nesta terça-feira foi o quinto e último lançamento do ano no Centro Espacial de Kourou.

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