Mesmo com o período chuvoso em Roraima, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 39 focos de queimadas nos primeiros cinco dias do mês de maio – número três vezes maior que os 11 focos de todo o mês de maio de 2022. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5) pela Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), por meio do boletim Hidroclimático.
O município do Bonfim, ao Norte, foi o que mais registrou focos de queimada neste mês, com 12 casos. A Guiana, país vizinho, também está ameaçado. Depois vem seguido de Alto Alegre, com nove; e Pacaraima, com cinco. A capital Boa Vista aperece em sexto lugar, com apenas dois focos registrados este mês. Nos primeiros meses de 2023, mais de 370 casos de queimadas foram registrados na cidade.
Até esta sexta, 1.248 casos de queimadas foram registrados em Roraima – 25 casos a mais que os registrados durante todo o ano de 2022. Queimadas de terrenos públicos ou particulares é considerado crime ambiental. O responsável pode ser multado em até R$ 5 mil reais, de acordo com o Decreto Federal n° 6514.
A conscientização da população é fundamental para evitar as queimadas, que além do risco ambiental a curto e longo prazo, geram riscos à saúde humana, causando doenças respiratórias. O doutor em pneumologia pela Universidade Federal de São Paulo, Marcelo de Fuccio, recomenda que durante os períodos secos em Roraima, a população fique bastante hidratada, e umidifique o ar em casa.
“Com o tempo seco há uma grande desidratação, até sangramento no nariz, pelo ressecamento da mucosa. A grande recomendação é beber bastante água, e utilizar um umidificador de ar ou até algo mais simples como uma toalha molhada perto da cama”, orientou.
O registro de focos de queimadas do Inpe é feito por meio de monitoramento via satélite.