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Explosão deixa mais de 30 mortos em dia de eleição no Paquistão

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Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado em Quetta, que aconteceu perto de um colégio eleitoral.

Homem chora morte de parente em atentado com bomba em Quetta, no Paquistão, nesta quarta-feira (25) (Foto: Naseer Ahmed/ Reuters)

Uma explosão perto de um colégio eleitoral deixou 31 mortos na cidade de Quetta, na província de Balochistan, nesta quarta-feira (25) – dia de eleições gerais no Paquistão. O Estado Islâmico reivindicou a autoria o atentado suicida em comunicado divulgado pela agência Amaq.

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“Um homem-bomba detonou os explosivos durante a passagem de uma caminhonete da polícia em frente a um colégio eleitoral. Entre os mortos há eleitores e pode haver também algum policial”, afirmou um porta-voz da polícia de Quetta, Muhammed Ramzan.

O superintendente de polícia da cidade Quetta, Naseeb Ullah, afirmou que a motivação da explosão era desconhecida.

A eleição acontece em clima bastante tenso. Em Khyber Pakhtunkhwa, uma pessoa foi morta e três ficaram feridas em uma briga fora de uma seção de votação entre os partidários do Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI) e do Partido Nacional Awami.

Os incidentes acontecem apesar de um contingente de 370 mil soldados ter sido mobilizado pelo exército para evitar distúrbios e fraudes durante o pleito.

Eleições

As eleições gerais no Paquistão são marcadas por dúvidas sobre sua legitimidade, devido a acusações de interferências por parte do Exército. País enfrenta a aparição na cena política de novos partidos com ideologias radicais e a volta do terrorismo com grandes atentados.

O pleito tem como favoritos ao posto de primeiro-ministro Shahbaz Sharif, líder da Liga Muçulmana do Paquistão (LMP-N), e o ex-jogador de críquete Imran Khan, do Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI).

Bilawal Bhutto, à frente do Partido Popular do Paquistão (PPP) e filho da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, é o terceiro melhor cotado, segundo pesquisas, e pode exercer um papel decisivo na formação de um governo de coalizão.

Estas eleições são as segundas na história do país nos quais um governo completa um mandato, e abrirão passagem para a maior etapa democrática da sua história, após ter sido governado por ditaduras militares em metade dos 71 anos desde sua fundação, em 1947.

No entanto, partidos políticos, grupos de direitos humanos e meios de comunicação fizeram acusações de “manipulação” do pleito por parte de militares, que negam qualquer tipo de interferência.

Pressões

A LMP-N denunciou na Justiça pressões contra alguns de seus membros para que se desfiliassem a fim de evitar que o partido retorne ao poder – ele venceu as últimas eleições, em 2013.

Nawaz Sharif, líder da legenda e irmão de Shahbaz, está preso, cumprindo uma condenação de dez anos por corrupção. Ele deixou o cargo de primeiro-ministro em 2017, após ser condenado pelo Tribunal Supremo por não declarar um salário de uma empresa que pertencia a um de seus filhos.

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