A Polícia Federal (PF) cumpriu no começo de março um mandado de prisão e três de busca e apreensão no Amapá, durante a 2ª fase da operação “Quinino”, que investiga principalmente a imigração ilegal na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa e o Suriname.
A ação buscou desarticular, em menos de um mês, a segunda quadrilha identificada na região do município de Oiapoque. A primeira fase, no dia 11 de fevereiro, tinha como alvo um outro grupo criminoso que atuava na mesma rota.
A equipe da PF conseguiu apreender durante as buscas cédulas de dinheiro, R$ 14.850 e 1.475 euros, e ainda um telefone que funciona via satélite. A investigação descreve que a organização criminosa realizava, além de migração ilegal, tráfico de drogas e armas, contrabando e descaminho na região de fronteira.
Ainda de acordo com a investigação, iniciada em 2018, o grupo utilizava uma rota marítima entre Suriname, Guiana Francesa e o Brasil para realização dos crimes. Em várias ocasiões, segundo a PF, as viagens eram realizadas com embarcações lotadas até garimpos ilegais.
Flagrante
No dia da operação, a polícia do Brasil encontrou cinco pessoas que aguardavam para embarcar numa dessas viagens. Elas ouvidas e liberadas, informou a PF. Um dos alvos dos dois mandados de prisão preventiva autorizados pela Justiça Federal foi preso em flagrante com munição ilegal.
O segundo mandado de prisão não chegou a ser cumprido. Segundo a PF, os suspeitos estão sujeitos a penas de até 37 anos de prisão pelos crimes investigados. O governo do Suriname, da França, até o fechamento desta reportagem, não haviam se pronunciado sobre o assunto.