O corpo da tocantinense Romenia Brito, de 28 anos, foi liberado na última terça-feira (8) do Instituto Médico Legal de Paramaribo, capital do Suriname. A liberação ocorre quinze dias após o assassinato dela. A brasileira foi morta a facadas em uma vila que fica às margens do rio Lawa, na fronteira da Guiana Francesa com Suriname.
Mesmo liberado, o corpo ainda continua no necrotério do IML, já que o embarque para o Brasil só deve ocorrer nesta sexta-feira, dia 11, segundo informou o irmão de Romênia Brito, Rauli Brito. A família conseguiu o dinheiro para fazer o translado do corpo através de uma vaquinha pela internet.
Rauli disse, ainda, que o pai e as crianças devem embarcar no mesmo voo de 12h de sexta-feira. A chegada a Belém (PA) está prevista para 15h. De lá, segue de carro até Buriti do Tocantins, em um trajeto que deve levar aproximadamente 10 horas. A chegada no Tocantins para o enterro está prevista para o próximo sábado (12). A família deve fazer um velório e enterrar Romenia às 17h, no cemitério municipal Campo da Saudade.
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Os dois filhos de Romenia, de 10 e cinco anos, também vão voltar ao Brasil. O avô conseguiu uma autorização especial para trazê-los e o processo que vai definir com quem ficará a guarda das crianças vai ser definido pela Justiça brasileira. Até o embarque, o avô e os netos estão hospedados na casa de amigos da família em Paramaribo. As crianças chegaram a ficar na casa de uma vizinha de Romênia por alguns dias até que o avô conseguiu chegar na vila para buscá-los.
Entenda o caso
Dona de um restaurante em uma vila, localizada na divisa entre o Suriname e a Guiana Francesa, a tocantinense Romênia Brito, de 28 anos, morreu na última segunda-feira, dia 23. A brasileira é natural de Buriti, pequeno município de dez mil habitantes, distante 180 quilômetros de Marabá, no Pará.
O marido da vítima é apontado como autor das facadas. Logo após o crime, ele foi levado pela polícia para Paramaribo. Em depoimento, no último dia 26 de novembro, o acusado afirmou que Romênia Brito teria cometido suicídio. A polícia ainda investiga o caso e o mantém preso.