Narcisista, egocêntrica, infantil, imatura e incapaz de autocrítica. Este é o perfil de um teste psicológico ao qual foi submetida Suzane von Richthofen.
Condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, crime ocorrido em 2002, a paulistana passou pelo teste de Rorschach mais um passo para que a Justiça conceda, ou não, o pedido de progressão de pena ao regime aberto.
O resultado revela que a detenta representa “risco potencial à sociedade” por ter “dificuldade de avaliar o resultado dos próprios atos”. O exame foi pedido pelo Ministério Público (MP).
HISTÓRICO
Este não é o primeiro teste de Rorschach ao qual Suzane é submetida. Em 2014, os borrões apontavam egocentrismo elevado. Como foi realizado há quatro anos, no entanto, o resultado de agora poderia ser diferente. Presa em Tremembé, em São Paulo, Suzane solicitou a mudança na pena há um ano. Não há prazo para que seja decidido se a detenta cumpra o restante da sentença em liberdade.
O EXAME
O teste de Rorschach é um questionário, muito utilizado nos processos de avaliação psicológica, que usa cartões com manchas de tinta para identificar traços da personalidade de uma pessoa. O paciente observa o material e responde perguntas sobre o que vê.
O método foi criado em 1921 pelo psiquiatra e neurologista suíço Hermann Rorschach, que percebeu que reconhecer características nos borrões exigia funções complexas da mente.
No Brasil, utiliza-se o teste produzido e impresso pela editora suíça Verlag Hans Huber, o único reconhecido pela International Society of Rorschach e suas entidades filiadas, como a ASBRo. Mas ele não funciona sozinho: para avaliar o paciente, levam-se em conta também informações obtidas em entrevistas e outros testes psicológicos. Para aplicar o Teste de Rorschach, o psicólogo precisa fazer um curso de dois anos com aulas teóricas e práticas. Além da área de saúde, o exame auxilia em questões empresariais, escolares e judiciárias.
(Com informações do portal MSN e Mundo Estranho)