Os resultados dos estudos financeiros e econômicos para um projeto solar fotovoltaico flutuante no Suriname são esperados para o início de 2023. Jerome Daan, gerente de projetos de energia e energia sustentável da estatal de petróleo Staatsolie, forneceu a atualização durante um evento do setor local.
“Embora este estudo ainda esteja em andamento, podemos dizer com segurança que parece viável ter uma usina solar fotovoltaica flutuante conectada à usina hidrelétrica de Afobaka em um futuro próximo”, disse ele.
A BNamericas informou anteriormente que o Dornier Group foi selecionado para examinar os aspectos técnicos, econômicos, institucionais, legais e ambientais da instalação do painel solar na barragem de 189 MW de Afobaka (na foto), de propriedade da Staatsolie Power.
Daan acrescentou que o potencial de energia do local proposto é estimado em 72 MWac para produzir cerca de 144 GWh/ano. Outros trabalhos em andamento e apoiados pelo BID envolvem batimetria adicional e coleta de dados geotécnicos, validando o modelo de estabilidade da malha e os requisitos para a construção da linha de transmissão.
Uma das vantagens da energia solar flutuante destacada por Daan é que não há necessidade de adquirir o terreno. Robert Pancham, engenheiro-chefe da concessionária de energia estadual EBS, apontou no evento as opções limitadas de direitos de passagem para expansão da rede como um desafio para a incorporação de energia renovável em larga escala.
Ele acrescentou, no entanto, que há planos para um circuito de 110 kV para ampliar a rede EPAR, que é o principal sistema de energia do país e inclui a capital Paramaribo. A EPAR concentra 80% da carga nacional num raio de 10 km, acrescentou. A capacidade instalada de geração de energia do Suriname é de 510 MW, sendo 62% termelétrica, 37% hidrelétrica e 1% solar.
