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Essequibo: Brasil pede que apoio militar a qualquer lado seja evitado após Reino Unido enviar navio de guerra à Guiana

O comunicado destacou que o acordo assinado entre Maduro e Ali representa um marco significativo nos esforços para abordar pacificamente a questão

Atualizado há

GEORGETOWN – O governo brasileiro expressou sua preocupação nesta sexta-feira (29) em relação aos desdobramentos da disputa territorial entre Venezuela e Guiana pelo enclave do Essequibo e fez um apelo veemente ao retorno ao diálogo. Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores destacou a importância de evitar demonstrações militares de apoio a qualquer uma das partes, a fim de permitir que o atual processo de diálogo produza resultados positivos.

A manifestação do Brasil ocorre em meio a tensões crescentes na região, desencadeadas pela presença de um navio de guerra do Reino Unido enviado à Guiana. Em resposta, Caracas realizou exercícios militares na costa atlântica venezuelana na quinta-feira (28). O governo brasileiro enfatizou a necessidade de evitar escaladas militares e promover o diálogo como meio de resolução pacífica do conflito.

O Brasil, que desempenhou um papel de mediador no recente diálogo entre os presidentes venezuelano, Nicolás Maduro, e guianês, Irfaan Ali, realizado em São Vicente e Granadinas em dezembro, expressou sua preocupação com os últimos desdobramentos do contencioso em torno da região de Essequibo.

O comunicado destacou que o acordo assinado entre Maduro e Ali representa um marco significativo nos esforços para abordar pacificamente a questão, com base no espírito de integração regional. O Brasil encorajou o uso de fóruns regionais, como a Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e a Caricom (Comunidade do Caribe), para tratar do tema e instou ambas as partes à contenção, ao retorno ao diálogo e ao respeito à Declaração de Argyle.

A disputa pela soberania sobre o enclave do Essequibo, rico em petróleo, entre Venezuela e Guiana, tem sido um ponto sensível nas relações bilaterais. O território, com 160 mil km², tornou-se foco de tensões após concessões à Exxon Mobil para a exploração de reservas marítimas na costa do Essequibo pela Guiana. A Venezuela classifica a ação como ilegal e defende a resolução da disputa por meio de negociações diretas.

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