Chegou ao Amapá esta semana, uma equipe operacional da Petrobras, que está prestes a iniciar a exploração de petróleo na costa do estado. O grupo desembarcou no município de Oiapoque, na margem equatorial brasileira que faz divisa com a Guiana Francesa, Território Ultramarino da França.
Está nos planos da estatal a perfuração de poços e iniciar a campanha em uma nova fronteira exploratória. A região abrange 5 bacias sedimentares, que se estendem da costa do Amapá ao Rio Grande do Norte.
Ainda pouco conhecida, a porção brasileira da Margem Equatorial tem grandes expectativas no setor. Isso porque a região está ao lado das bacias da Guiana e do Suriname, onde a ExxonMobil acumula mais de 25 descobertas. As reservas não estão abaixo de uma camada de sal, como no Sul e Sudeste, mas a região tem sido chamada de “novo pré-sal” pelas expectativas de volumes de petróleo e gás.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), estudos internos apontam “elevado potencial para a realização de descobertas relevantes de recursos prospectivos”. A Margem Equatorial é uma das prioridades da agência para oferta de áreas de exploração em leilões.
A Margem Equatorial é considerada uma área estratégica para a Petrobras e uma das fronteiras em águas profundas mais promissoras da indústria offshore no Brasil, com expressivo potencial petrolífero.
As áreas onde a Petrobras vai fazer a campanha foram adquiridas em consórcio com a BP e a TotalEnergies, em 2013. As multinacionais desistiram em 2020 e 2021, vendendo suas participações majoritárias para a brasileira.
A BP e a Total tentavam obter licença para perfuração, mas não tiveram sucesso. Saíram da Foz do Amazonas num momento em que buscavam apagar o rótulo de petroleira, posicionando-se como companhias de energia, com investimentos em renováveis.