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Em reunião com presença de chanceler russo, Ernesto Araújo defende que Venezuela receba mais atenção

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Ministro das Relações Exteriores do Brasil cita que países precisam escutar ‘um grito por liberdade’ na Venezuela, e diz que o regime venezuelano se sustenta pela força. Rússia apoia o governo de Nicolás Maduro.

Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, pediu nesta sexta-feira (26) que a situação política da Venezuela tenha a mesma atenção da Síria e de países em guerra.

Ele participa de um encontro com ministros de Relações Exteriores de outros países –inclusive Sergey Lavrov, da Rússia, que apoia o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.

O governo do Brasil, disse Araújo, está aberto a explicar a visão brasileira sobre a situação venezuelana.

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“Não podemos deixar de ouvir um grito por liberdade que vem da Venezuela. O Brasil tem escutado esse grito e faz um apelo para que os senhores também escutem.”

Venezuela precisa de solução própria

Lavrov, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, defendeu que a comunidade internacional apoie a Venezuela de forma que o país resolva seus problemas por si só –por meio da via democrática, sem intervenções externas, disse ele.

Ele afirmou também que os países africanos precisam encontrar uma solução própria para os problemas do continente e elogiou a iniciativa da África do Sul em criar um grupo de ação para o combate de crimes transnacionais.

O russo elogiou a presidência brasileira do bloco dos Brics e disse que é preciso apoiar a luta contra o terrorismo e o tráfico de drogas.

Mais tarde, em uma entrevista coletiva, Araújo discorreu sobre como abordou o tema da Venezuela com o russo Lavrov.

“Acho relevante essa discussão com um país com percepção diferente da nossa. Eu tentei passar a perspectiva do Brasil sobre a Venezuela, fazendo o apelo de que ouçam o apelo por liberdade do povo venezuelano.”

Araújo afirmou que a solução tem que ser construída entre os venezuelano. “A nossa percepção é que essa construção seja no governo que consideramos legitimo, que é o de Juan Guaidó.”

O brasileiro afastou a possibilidade de uma intervenção militar e defendeu eleições livres no país vizinho.

Indiretas aos EUA

O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, fez um discurso com indiretas aos Estados Unidos.

Apesar de não citar o nome do país e nem o do presidente Donal Trump, o chinês criticou o protecionismo comercial, que cria um ambiente de “bullying que solapa o comércio global e leva a incertezas no mundo todo”.

“Somos contra o uso arbitrário da força e atuamos em respeito a soberania em respeito aos países; sanções internacionais não funcionam, apenas soluções negociadas podem durar”, disse ele.

Em seguida ele mencionou duas crises nas quais os EUA estão envolvidos: a da Coreia (afirmou que a China e a Rússia apresentaram um mapa para a paz na península) e o ataque aos navios comerciais (o Irã apreendeu um petroleiro inglês).

O ministro indiano dos Estado dos Transportes Rodoviários da Índia, V.K. Singh, também falou sobre terrorismo e sobre a importância de negócios digitais e fontes de energia renováveis.

Naledi Pandor, da África do Sul, também defendeu o multilateralismo.

Encontro dos Brics

O encontro de ministros de Relações Exteriores dos países que formam parte do grupo de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) acontece no Rio de Janeiro.

Participam da reunião

  • Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov
  • Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi
  • Ministra de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Naledi Pandor
  • Ministro de Estado dos Transportes Rodoviários da Índia, V.K. Singh

Em novembro, acontece um encontro de cúpula do grupo em Brasília.

Os países pediram uma reforma do Conselho de Segurança da ONU que o torne mais representativo, eficaz e eficiente. Isso foi feito no documento oficial do encontro desta sexta-feira (26).

Investimentos no Brasil

Na entrevista coletiva, Araújo disse que o volume de investimentos do Banco dos Brics em obras de infraestrutura no Brasil está aquém do esperado.

A expectativa era de que houvesse liberação de mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,76 bilhões, na cotação atual), mas que, na prática, foram cerca de US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 2,25 bilhões).

A ideia, segundo ele, é usar o dinheiro principalmente na área de energia.

Ele disse também que espera que o Brasil possa exportar mais carne bovina, algodão e frutas para a China.

Fonte: G1

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