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Em meio a crise com Venezuela, Lula nomeia nova embaixadora brasileira na Guiana

A tensão entre Brasil e Venezuela em relação a Essequibo, cuja soberania é reivindicada pelo governo de Nicolás Maduro, torna as nomeações estratégicas de embaixadores ainda mais cruciais para a diplomacia brasileira.

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GEORGETOWN – No último dia 16, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a nomeação da cônsul Maria Cristina de Castro Martins como embaixadora do Brasil na Guiana, em um contexto de crescente tensão regional devido às disputas territoriais entre o Brasil e a Venezuela, particularmente em relação ao território de Essequibo, rico em petróleo.

A nomeação de Maria Cristina de Castro Martins foi aprovada pelo plenário do Senado no final do ano passado e foi oficializada através do Diário Oficial da União. A diplomata, com formação em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal do Ceará (UFCE), mestrado e doutorado em sociologia pela Universidade de Brasília (UnB), possui uma extensa trajetória no Ministério das Relações Exteriores. Entre 2021 e 2022, atuou como assessora da Secretaria de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos, e atualmente está lotada no Departamento de Imigração e Cooperação Jurídica.

Este movimento ocorre em conjunto com outra nomeação estratégica, pois no dia 10, o presidente Lula designou a cônsul Glivânia Maria de Oliveira como embaixadora na Venezuela. Glivânia, servidora de carreira do Ministério de Relações Exteriores e ex-diretora do Instituto Rio Branco, desempenhou um papel crucial na área cultural do Itamaraty e no renomado curso de formação de diplomatas brasileiro.

A tensão entre Brasil e Venezuela em relação a Essequibo, cuja soberania é reivindicada pelo governo de Nicolás Maduro, torna as nomeações estratégicas de embaixadores ainda mais cruciais para a diplomacia brasileira.

Quanto à relação entre Brasil e Guiana, o terceiro menor país da América do Sul tornou-se independente do Reino Unido em 1966 e estabeleceu relações bilaterais com o Brasil em 1968. Nos últimos anos, o comércio entre os dois países tem experimentado um notável crescimento, impulsionado pela exploração e produção de hidrocarbonetos na Guiana. E

m 2023, o comércio bilateral atingiu a marca de US$ 1,04 bilhão nos primeiros oito meses, com um substancial superávit guianês de US$ 548 milhões. Historicamente uma exportadora de arroz ao Brasil, a Guiana passou, em 2022, a exportar predominantemente óleos brutos de petróleo e minerais.

 

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