Às 10:07, o dólar avançava 0,58 por cento, a 3,5279 reais na venda, depois de subir 6,16 por cento em abril
O dólar operava em alta e chegou à casa dos 3,53 reais nesta quarta-feira, acompanhando o cenário externo em dia de expectativa pelo desfecho do encontro de política monetária do banco central dos Estados Unidos uma vez que pode afetar o fluxo de recursos global.
Às 10:07, o dólar avançava 0,58 por cento, a 3,5279 reais na venda, depois de subir 6,16 por cento em abril e fechar a segunda-feira a 3,5035 reais. O dólar futuro tinha alta de 0,60 por cento.
Na máxima da sessão, a moeda atingiu a 3,5316 reais.
O Federal Reserve deve manter a taxa de juros nesta quarta-feira, mas provavelmente incentivará ainda mais as expectativas de que elevará os custos dos empréstimos em junho, devido à aceleração da inflação e ao desemprego baixo.
De acordo com a corretora H.Commcor, qualquer indicação otimista do Fed além do que já é considerado sobre a atividade pode levar o mercado a “uma sensação ‘hawkish’ em termos de política monetária, seja para eventual guinada para um total de quatro altas de juros no ano, seja para uma condução mais agressiva no próximo ano”.
O Fed aumentou sua taxa básica de juros na reunião de 20 e 21 de março em 0,25 ponto percentual, para um intervalo entre 1,50 e 1,75 por cento. Atualmente, o banco central prevê outros dois aumentos dos juros este ano, embora um número crescente de autoridades monetárias veja três altas como uma possibilidade.
Mais juros nos Estados Unidos pode afetar o fluxo global de recursos, tirando dinheiro de praças como a brasileira e encarecendo o dólar ante o real.
No exterior, o dólar tinha leve queda ante a cesta de moedas, após atingir a máxima de três meses e meio na sessão anterior, com os investidores aguardando o resultado da reunião do Fed. Mas operava misto ante as moedas emergentes, em queda ante o rand sul-africano e alta ante o peso chileno.
O rendimento do Treasury de 10 anos estava praticamente estável, depois de ter subido mais cedo, reaproximando-se dos 3 por cento, patamar que foi ultrapassado na semana passada em meio à percepção de que os juros nos EUA podem subir mais rapidamente do que o esperado inicialmente.
Internamente, os investidores também seguem de olho no cenário político, com as negociações dos partidos para alianças para as eleições de outubro.
O Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio, por ora. Em junho, vencem 5,650 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional –equivalentes à venda de dólares no futuro.
Fonte: Exame