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Dólar recua em dia de julgamento de Lula

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Na véspera, a moeda dos EUA avançou 0,9%, a R$ 3,2381 na venda; resultado do julgamento poderá influenciar corrida eleitoral deste ano.

O dólar abriu em queda em relação ao real nesta quarta-feira (24). Assim como nos pregões anteriores, os investidores seguem atentos e cautelosos com o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância. O resultado poderá influenciar a corrida eleitoral deste ano.

Às 9h19, a moeda opera em baixa de 0,55%, cotada a R$ 3,2203 na venda.

Na véspera, a moeda dos EUA avançou 0,9%, a R$ 3,2381 na venda, maior alta desde 12 de dezembro, quando subiu 0,93%. No primeiro mês do ano, o dólar ainda acumula queda de 2,3%.

Julgamento de Lula

Internamente, a expectativa do mercado é pelo desfecho na quarta-feira do julgamento em segunda instância de Lula em ação do tríplex no Guarujá, pela qual recebeu pena de nove anos e meio de prisão.

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Até a decisão final, no entanto, a defesa de Lula tem vários recursos para adiar o processo e tentar evitar que, no dia dos registros das candidaturas, em 15 de agosto, Lula possa ser considerado inelegível.

Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, os mercados financeiros já precificaram a derrota de Lula. Por outro lado, uma decisão da segunda instância que abra ao ex-presidente leque maior de recursos pode se converter em dólar mais caro, apostas de juros maiores e quedas na bolsa de valores.

O mercado espera que os três juízes federais da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal neguem o recurso de Lula contra sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na operação Lava Jato. Divergência entre os magistrados permite número maior de recursos.

Na hipótese de os três negarem o recurso de Lula, ainda que divergindo sobre o tempo de prisão, o dólar permaneceria no patamar atual, podendo até mesmo cair a R$ 3,12 a R$ 3,15, de acordo com os economistas ouvidos pela Reuters.

Na hipótese de um resultado diferente do esperado pelos mercados, o cenário externo mais positivo, com maior recuperação da atividade global e políticas monetárias sem surpresas, tenderia a suavizar movimentos mais bruscos no câmbio.

Fonte: G1

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