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Dólar chega a bater R$ 3,52, de olho em cena política local

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Mercado adota cautela, à espera de notícias sobre política. Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,67%, a R$ 3,4744.

O dólar opera em alta ante o real nesta quinta-feira (13) e chegou a bater o patamar de R$ 3,52, acompanhando o avanço da moeda norte-americana nos mercados externos e por apreensão com a cena política local, exacerbada no fim da manhã pelo julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da continuidade da ação pela cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff.

Por volta das 14h20, a moeda norte-americana subia 1,03%, a R$ 3,5101, após atingir R$ 3,4794 na mínima e R$ 3,5295 na máxima da sessão. Veja cotação.

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Neste mês, o dólar vem se mantendo no patamar acima dos R$ 3,50 no intradia, chegando a bater, no dia 6, R$ 3,5709, maior patamar desde 5 de março de 2003, quando foi a R$ 3,58. No fechamento, a moeda ficou acima dos R$ 3,50 no dia 7 de agosto, quando terminou a sessão a R$ 3,5081, e no dia 6, quando fechou em R$ 3,5374 – maior cotação desde 5 de março de 2003, quando fechou a R$ 3,555.

“O fator político intensifica um movimento de alta que já vinha desde cedo. A China e o Fed são um fator constante pressionando o dólar”, disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

O índice que acompanha a variação do dólar em relação a uma cesta de divisas avançava, mesmo após o banco central da China tentar tranquilizar investidores sobre a depreciação do iuan.

Nos mercados externos, a desvalorização do iuan continuava no centro das atenções. A pressão era menos intensa, no entanto, devido aos esforços do banco central chinês para trazer aos alívios aos mercados financeiros ao afirmar que não há motivo para o iuan cair mais por conta dos fortes fundamentos econômicos do país.

A percepção de que há grandes chances de o Federal Reserve, banco central norte-americano, elevar os juros já no mês que vem, como esperam economistas consultados em pesquisa da Reuters, também pesava sobre o câmbio no mercado local. Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil.

O impacto da questão externa era intensificado, no Brasil, pelo quadro político conturbado. No fim da manhã, o TSE começou a analisar o agravo proposto pelo PSDB pela continuidade de uma ação que pede a cassação da presidente Dilma Rousseff por suposto abuso de poder na campanha eleitoral do ano passado. A análise do agravo foi suspensa quando o placar marcava 2 votos a 1 pela continuidade do processo.

Com isso, o mercado voltava a ficar na defensiva após dois dias de alívio provocados pela aproximação da presidente Dilma com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros(PMDB-AL).

“Quando parece que vai ficar mais tranquilo, aparece algo novo para o mercado estressar novamente”, disse o operador da corretora de um banco nacional.

Na véspera, Dilma ganhou mais 15 dias para responder a questionamentos do Tribunal do Contas da União (TCU) sobre as contas do governo de 2014, questão que sustenta especulações sobre eventual impeachment da presidente. Dilma também disse que não cogita renunciar ao cargo e que não acredita que as chamadas “pautas-bomba” vão proliferar no Congresso Nacional.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, o BC já rolou 3,835 bilhões de dólares, ou cerca de 38 por cento, do total de 10,027 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,67%, a R$ 3,4744. Na semana, o dólar acumula queda de 0,96%. Em agosto, há alta acumulada de 1,45%. No ano, a moeda já subiu 30,68%.

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Fonte: G1

 

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