A maioria dos detentores de bônus do Suriname acionou uma cláusula de rescisão nas notas de 2023 e 2026 do país sul-americano, disse um comitê de credores em um comunicado na última segunda-feira. A ação restabelece as obrigações de pagamento que haviam sido adiadas de acordo com uma proposta lançada pelo Suriname em março.
O Suriname “falhou em negociar de boa fé os termos da reestruturação da dívida”, disseram os detentores no documento. Eles afirmam que uma apresentação recente feita pelas autoridades do Suriname aos investidores “não reflete as perspectivas econômicas do Suriname e a capacidade de pagamento em evolução, nem é consistente com as apresentações altamente positivas feitas nas últimas semanas para outros públicos a respeito do brilhante futuro econômico do Suriname”.
Em abril, os proprietários comerciais concordaram em adiar os pagamentos, mas no mês passado disseram que o Suriname não havia permitido a eles participação suficiente em um acordo de financiamento de US$ 690 milhões com o Fundo Monetário Internacional e ameaçou restabelecer os pagamentos adiados.
“Teremos uma resposta no devido tempo”, escreveu o ministro das Finanças, Armand Achaibersing, em uma mensagem de texto. Em 2 de junho, o governo do Suriname propôs um instrumento de US$ 236 milhões com vencimento em 2029 para substituir valores pendentes, juros e atrasos, totalizando cerca de US$ 786 milhões em dívidas negociáveis, ou cerca de 70% de redução.
O título de 2026 do Suriname foi cotado a 61,5 centavos por dólar, pouca variação no dia, mas abaixo de 71 no fechamento de 1º de junho, um dia antes da proposta de corte de cabelo do Suriname.
