Pessoas que perderam familiares, amigos, casa ou emprego no terremoto estão entre as que mais tiram suas vidas.
O número de pessoas que cometeu suicídio no Nepal aumentou 41,24% nos três meses posteriores ao terremoto que atingiu o país em abril, em comparação aos três meses anteriores, informou a polícia local. Ao todo, 1.363 suicídios foram registrados entre a segunda metade de abril a primeira quinzena de julho desse ano. Anteriormente, entre a metade de janeiro e a metade de abril, 965 casos foram contabilizados, de acordo com o relatório policial apresentado nesta quinta-feira em Katmandu.
“Nossas investigações mostram que a maioria das pessoas que comete suicídio perdeu a família, amigos íntimos, a casa ou o emprego após o terremoto. Os desafios sociais aumentaram depois da tragédia e parece que aqueles que não conseguiram superar a situação estão se suicidando”, disse o diretor-geral da Polícia do Nepal, Mingmar Lama.
Enforcamento, envenenamento, corte com objetos afiados e afogamento foram algumas das formas mais usadas, de acordo com o documento. “É preciso dar alívio adequado e consolo psicológico para as pessoas em risco. Isso precisa ser feito para prevenir futuras privações e perdas potenciais por suicídio”, afirmou o presidente da Sociedade de Saúde do Nepal (NHS), Rishi Ojha.
Entre julho de 2014 e julho de 2015, 4.332 casos de suicídio foram registrados no Nepal, mais do que as mortes por acidentes (1.573) ou em crimes (606), segundo os dados policiais. De acordo com o governo do Nepal, o terremoto de 25 de abril deixou 8.898 pessoas mortas e 22.309 feridas, assim como danos em quase 900.000 imóveis.
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Fonte: Veja