BRASÍLIA – Durante sabatina recente, Felipe Costi Santarosa, indicado a uma posição diplomática, destacou a importância da descoberta de jazidas de petróleo no litoral do Suriname e como este feito pode gerar um “grande impacto econômico” para o país. Segundo Santarosa, a exploração das novas reservas, prevista para iniciar em 2028, deve alterar significativamente o cenário socioeconômico do Suriname, com efeitos também nas relações internacionais, em especial com o Brasil.
De acordo com o diplomata, a descoberta de petróleo no Suriname trará uma “atenção renovada” de parceiros externos, especialmente de outros países produtores de petróleo e de grandes empresas do setor energético. “Essa descoberta trará maior atenção de parceiros externos, sobretudo de outros países produtores de petróleo e de empresas do setor energético. O início da exploração, que está previsto para 2028, impulsionará o Produto Interno Bruto (PIB) e alterará as variáveis socioeconômicas e de investimento. Estamos prestes a uma grande mudança de paradigma no Suriname. O país deve crescer em breve a ritmos muito altos”, afirmou Santarosa.
O diplomata também enfatizou que o Suriname se prepara para uma transformação significativa, com potencial para se tornar um importante player na economia global, impulsionado pela exploração de petróleo.
O senador Chico Rodrigues, que participou da sabatina, reforçou o ponto de vista de Santarosa sobre a cooperação entre o Brasil e o Suriname, destacando que a descoberta de petróleo ampliará as possibilidades de parceria entre os dois países. “O contexto descrito deve impulsionar a corrente de comércio entre os dois países. Para dinamizar ainda mais o relacionamento, o Ministério do Planejamento elaborou um projeto que prevê melhorias na infraestrutura rodoviária, energética e digital na região, o que deverá incentivar as exportações e importações brasileiras”, explicou o senador.
Rodrigues também destacou o potencial de novas rotas comerciais entre os dois países, principalmente em direção ao Caribe, América Central, e até mesmo para os Estados Unidos e Europa, consolidando o Suriname como uma nova via estratégica para o escoamento da produção do Brasil, especialmente da região Norte.
Felipe Costi Santarosa, natural de Porto Alegre (RS), tem uma carreira consolidada na diplomacia brasileira. Nascido em 1969, ele ingressou no Itamaraty em 1995 e desde então atuou em diversas representações do Brasil no exterior, incluindo em países como a África do Sul, os Estados Unidos e a Irlanda. Sua experiência e seu conhecimento sobre a dinâmica internacional o tornam uma figura chave para fortalecer a presença do Brasil na região e ampliar as relações bilaterais com países como o Suriname.
Com uma visão otimista sobre o futuro econômico do Suriname, Santarosa se mostrou confiante de que a exploração do petróleo será um marco para o país e uma oportunidade para estreitar laços comerciais e diplomáticos entre o Brasil e a nação vizinha.
O cenário descrito por Santarosa e Chico Rodrigues sinaliza o início de uma nova era para o Suriname, com um crescimento econômico acelerado e a perspectiva de uma parceria estratégica mais forte com o Brasil. A exploração do petróleo, que deve começar dentro de poucos anos, não só transformará a economia surinamesa, mas também poderá redefinir a dinâmica comercial e diplomática na América Latina e no Caribe.