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Corpos de nove vítimas do naufrágio no rio Xingu são liberados

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Por volta de 21h30 horas de quarta-feira (23), a equipe do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves liberou os corpos de nove vítimas do naufrágio da embarcação “Capitão Ribeiro”, ocorrido na noite da última terça-feira (22), no rio Xingu, entre as cidades de Porto de Moz e Senador José Porfírio, na área conhecida como “Ponta Grande do Xingu”, no sudoeste paraense. Após o trabalho de necropsia, os corpos foram liberados aos familiares.

Os mortos identificados são de Luciana Pires, de 28 anos; Neiva Romano, 18, Maria Duarte, 57, Aurilene Sampaio, 36, Lucivalda Marques Oliveira, 41, Roseane dos Santos Leite, 25, W.L.O (5 anos) – todas naturais de Porto de Moz, além de Orismar Miranda, 61 e  S.H.S.S (1 ano), provenientes da cidade de Altamira. O CPC liberou os corpos com a expedição da declaração de óbito para todos os familiares. Apenas o corpo de um homem, conhecido como Sebastião, a décima vítima, ainda aguarda o reconhecimento dos parentes. Ele seria da cidade de Santarém.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as buscas recomeçaram por volta de 6h desta quinta-feira (24). Um balsa e embarcações da Prefeitura de Porto Moz, além de lanchas do Corpo de Bombeiros estão sendo utilizadas na operação. Um helicóptero do Graesp apoia as ações na área de buscas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros – Defesa Civil, a embarcação, com capacidade para 90 a 100 passageiros, já foi ancorada à margem do rio com o apoio de uma balsa da prefeitura, o que deve facilitar assimilares ações dos mergulhadores.

Investigação e Tromba D’água

A Polícia Civil já ouviu integrantes da tripulação e sobreviventes. O dono da embarcação será ouvido amanhã pela manhã. O proprietário da embarcação informou que 48 pessoas, entre tripulação e passageiros, estavam a bordo. De acordo com o delegado de Porto de Moz, Elcio de Deus, muitos sobreviventes afirmaram que a embarcação teria sido atingida por uma tromba d’água – fenômeno similar a um tornado.
“A tripulação disse ter visto, no horizonte, algo com o formato de uma funil, acompanhado de muita chuva e vento forte, e que teria pego o barco pela popa e o afundado. Disseram que a embarcação girou e afundou em seguida, relatou o delegado.

A Polícia Civil irá solicitar informações à Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) e à Capitania dos Portos sobre a autorização concedida ao dono da embarcação Capitão Ribeiro.

Fonte: Dol

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