Dispositivo caiu no Oceano Pacífico, segundo o governo japonês. Lançamento foi o primeiro após Conselho de Segurança da ONU aprovar novas sanções ao país por unanimidade.
Coreia do Norte lançou um míssil na direção leste a partir de uma área próxima da capital Pyongyang, disseram nesta sexta-feira (15, pela hora local) autoridades japonesas e sul-coreanas.
Segundo o Japão, o projétil sobrevoou o país e caiu no Oceano Pacífico .
Os militares da Coreia do Sul afirmaram que ainda analisam de que tipo de míssil se trata. O Estado Maior Conjunto de Seul (JCS), avalia o caso com apoio dos Estados Unidos.
Os cidadãos japoneses foram alertados para ficar longe de qualquer material que possa ser destroço de míssil.
O gabinete presidencial sul-coreano convocou imediatamente uma reunião do Conselho de Segurança Nacional. As tropas do país realizavam um treinamento de mísseis balísticos no Mar do Japão em resposta à provocação anterior do vizinho do norte.
Um outro usuário do Twitter postou um vídeo do alerta que soou avisando os japoneses.
Kim Jong Un acompanha lançamento de míssil de médio alcance em foto de arquivo (Foto: Reuters/KCNA)
Nesta quinta-feira (14), uma agência estatal afirmou que a Coreia do Norte ameaçou usar armas nucleares para “afundar” o Japão e reduzir os Estados Unidos a “cinzas e escuridão” por apoiar a resolução e sanções do Conselho de Segurança da das Nações Unidas (ONU) contra o mais recente teste nuclear do regime norte-coreano, segundo a Reuters.
O Comitê da Coreia para a Paz na Ásia-Pacífico, que lida com os laços externos e propaganda da Coreia do Norte, também pediu a dissolução do Conselho de Segurança, que chamou de uma “ferramenta do mal” constituída por países “subornados” que avançam sob ordem dos Estados Unidos.
“As quatro ilhas do arquipélago devem ser afundadas no mar por uma bomba nuclear do Juche. O Japão não é mais necessário para existir perto de nós”, disse o comitê, em comunicado divulgado pela agência de notícias estatal norte-coreana.
O Juche é a ideologia governista da Coreia do Norte que mistura marxismo com uma forma de nacionalismo isolado pregado pelo fundador do Estado, Kim Il Sung, avô do atual líder norte-coreano, Kim Jong Un, ainda de acordo com a Reuters.
Novas sanções
O Conselho de Segurança da Organização impôs, por unanimidade, a proibição das exportações de produtos têxteis do país e limitou as importações de petróleo em 11 de setembro.
As novas sanções são uma resposta ao sexto e mais poderoso teste nuclear do país dos últimos 11 anos, ocorrido em 3 de setembro, que marca mais um capítulo na escalada de tensão na região. Segundo o governo da Coreia do Norte, o teste com uma bomba de hidrogênio, que pode ser carregada no novo míssil balístico intercontinental, foi ‘bem-sucedido’.
Preocupada com a situação na região, a comunidade internacional condena as ações e considera os programas nuclear e balístico da Coreia do Norte violações contra as resoluções da ONU. Face às novas sanções, o governo norte-coreano ameaçou acelerar os programas nucleares do país.
A China, único aliado real do regime, pressiona o governo econômica e diplomaticamente a se desarmar. Porém, os Estados Unidos não descartam usar a força militar contra o regime depois que a Coreia do Norte ameaçou atacar o território americano de Guam (uma ilha no Pacífico em que os americanos mantêm uma base militar) e o Japão.
Fonte: G1
Foto:Tv Globo