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Comidas “gordas”: por que seu corpo sente tanta necessidade desses alimentos?

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Desejo por doces, salgadinhos, sorvetes e massas está relacionado com as emoções.

Você é desses que não consegue ficar sem um chocolate? Ou você não gosta muito de doces, mas adora um salgadinho crocante? A ciência pode explicar por que é tão difícil ficar sem determinados alimentos e bebidas em geral bastante calóricos e pobres no quesito nutricional, como um brigadeiro ou um milk-shake, ou até mesmo a compulsão por eles!

O desejo específico por alimentos açucaradas, cremosos, crocantes e suculentos tem razões mais emocionais, como ansiedade, nervosismo, tristeza, euforia, estresse do que físicas como a fome ou a necessidade de nutrientes.

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O problema é que essa turma é danada para ajudar a ganhar peso e não é lá muito saudável se for consumida em excesso. Entenda por que você gosta tanto deles e veja as dicas de como ingerir menores quantidades destes alimentos.

Açúcar, ou seja, os doces

Nosso sistema de recompensa cerebral estabelece sensações como bem-estar, conforto, prazer e saciedade. Ele é composto por neurônios que se comunicam entre si por meio de um neurotransmissor que é a dopamina. “Alimentos ricos em açúcar estimulam a maior quantidade de dopamina. Com mais dopamina há uma melhora no sistema de recompensa e as pessoas se sentem mais recompensadas”, explica a endocrinologista Andressa Heimbecher Soares, especialista Minha Vida e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Assim, é natural que uma pessoa sinta uma sensação prazerosa após consumir uma bomba de chocolate, por exemplo. A questão toda é que o nosso cérebro sempre vai enviar a mensagem de que gostaria de mais dopamina. “Logo, toda vez que você ingere um alimento calórico, vai querer outro na sequência”, explica Andressa.

Algumas atitudes podem te ajudar a reduzir o consumo de doces. Uma alternativa é substituí-los por alimentos ricos em zinco. “Isto porque alimentos ricos neste mineral ajudam na sensação de bem-estar cerebral. Algumas fontes de zinco são sementes de abóbora, amendoim, amêndoa”, orienta Andressa Heimbecher.

Outra opção interessante é preferir doces menos calóricos, como uma bananada. “Também procure ingerir carboidratos complexos, como grãos integrais, nas refeições e evitar estoques do seu ?pecado preferido? em casa”, explica o psiquiatra Adriano Segal, diretor de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade.

A paixão por chocolate

Um dos motivos para o chocolate ao leite e não o amargo ser tão desejado é a presença de triptofano. “Ele é um aminoácido essencial, que é precursor da serotonina, outro hormônio neurotransmissor que proporciona sensação de bem-estar”, explica Andressa Heimbecher. Além disso, o chocolate é rico em açúcar, que como foi explicado acima, também irá despertar nosso desejo por estimular a dopamina.

Para consumir menos quantidade de chocolate é importante investir em fontes mais nutritivas e menos calóricas de triptofano. São elas: peixes, ovos, nozes, castanhas, leguminosas, semente de abóbora, levedo de cerveja, linhaça, aveia, arroz integral e queijo tofu.

Além disso, opte pelo chocolate 70% cacau, pois ele é capaz de proporcionar uma série de benefícios para a saúde como controlar a pressão arterial e o colesterol, reduzir o risco de câncer e proteger o cérebro.

Milk-shake, queijo derretido: os leite e seus derivados

A turma dos laticínios, ou seja leite e derivados também contam com triptofano, que como foi explicado acima trata-se de um aminoácido que proporciona a sensação de calma e bem-estar. Por isso, é comum as pessoas gostarem de ingerir queijos gordurosos, milk-shake, vitaminas e sorvetes. Para que isto não leve ao ganho de peso, algumas atitudes podem ajudar. O mais indicado é consumir os produtos desnatados em vez do integral e evitar grandes excessos. “Se não houver razão específica, por exemplo algum problema de colesterol alto, não precisa cortar os integrais, mas eles podem ser diminuídos na rotina”, orienta Adriano Segal.

Massas, pães e doces: os carboidratos

Pizzas, macarronada, pãezinhos, bolos, tortas, biscoitos, salgadinhos, a lista de alimentos fontes de carboidratos é grande e tentadora. Ao ingerir todo o alimento que é uma fonte de carboidratos, especialmente os simples como os citados acima, fará com que o corpo produza mais insulina e aumente a energia, o que irá proporcionar uma sensação de bem-estar.

Para que o gosto por carboidratos não afete sua saúde, prefira os carboidratos complexos, como pães, massas e arroz integral. Eles irão proporcionar saciedade por mais tempo e, ao contrário dos simples, não aumenta o risco de diabetes.

Frituras, milanesa, sorvete… as gorduras

A batata frita, a picanha suculenta, a coxinha, o sorvete, bolos e biscoitos recheados. Esses são exemplos de alimentos ricos em gorduras saturadas seja pelo modo de preparo, a fritura, ou por causa dos ingredientes e até mesmo da sua composição natural, como as carnes. Não é a toa que as pessoas gostam desses alimentos, as gorduras são muito palatáveis. “Nosso cérebro e nossos receptores do sabor identificam muito melhor quando há gordura naquele alimento. Ao longo da evolução humana quem tinha maior preferência por alimentos ricos em gordura, como as carnes, sobrevivia, já que ela é muito calórica, era a seleção natural”, explica Andressa Heimbecher.

A gordura também é uma ótima fonte de energia. Este macronutriente proporciona alta quantidade de calorias, são 9kcal para cada um grama (9 kcal) aos alimentos. O consumo em excesso vai provocar o ganho de peso além de outros desequilíbrios como aumento do colesterol e entupimento das artérias.

Para que o consumo de gorduras não prejudique a sua saúde, é importante adotar pelo menos duas atitudes no seu dia a dia. Uma delas é reduzir a quantidade de ácidos graxos consumidos (frituras, a gordura aparente de carnes e aves, laticínios integrais, manteiga e margarina, etc) e a outra é priorizar alimentos ricos em gorduras boas, como óleos vegetais (azeite de oliva extra-virgem, óleo de canola), oleaginosas (amêndoas e castanhas) e peixes de águas frias, como o salmão e a sardinha.

Alimentos salgados e crocantes

Você adora um salgadinho? Bom, saiba que não está sozinho! Muitas pessoas tem desejo por alimentos salgados e crocantes. “E isso tem uma explicação descoberta recentemente. Quando você mastiga um alimento que faz ‘crac-crac’ e depois fica pastoso, isso é extremamente reconfortante para um certo grupo de pessoas. Trata-se de um jeito que a pessoa encontrou de ativar o mecanismo de recompensa cerebral”, diz Andressa Heimbecher.

O problema é que muitas vezes os alimentos crocantes são muito calóricos. Por isso, é importante substituí-lo por alternativas mais magras. Algumas opções são as cenourinhas, a semente de abóbora também entra como uma alternativa interessante.

A cafeína do café e refrigerante

O café favorece o vício por ser rico em cafeína. “Ela é estimulante e as pessoas geralmente tem o hábito de tomar café para sentir esse efeito estimulante desta substância”, explica Andressa Heimbecher. Para evitar o consumo excessivo de café, limite a quantidade ingerida por dia. O recomendado é o consumo de 3 a 4 xícaras pequenas, de 50 ml cada, por dia. Além disso, não o consuma puro, tente diluir no leite ou em outra substância. Procure substituir o café por chás descafeinados.

Para os refrigerantes, vale o mesmo princípio do café. As bebidas que costumam causar o vício são aqueles a base de cola e isso não ocorre por acaso. “Estas bebidas contam com cafeína na composição”, afirma Andressa Heimbecher. Além disso, os refrigerantes normais contam com alta concentração de açúcar. Para reduzir o consumo de refrigerante, tente limitá-lo a ocasiões especiais. No dia a dia você pode substituí-lo por bebidas como água com gás e sucos naturais.

Fonte: Minha Vida

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