Lançado em 2014, o filme “Divergente” fez sucesso nos cinemas, mas foi considerado por muitos um clone empobrecido de “Jogos Vorazes”. Já o novo filme da saga, “Insurgente”, que chega aos cinemas nesta quinta (19) com ares de superprodução, se distancia da série protagonizada por Jennifer Lawrence.
Se no primeiro filme a protagonista Tris (Shailene Woodley) era uma adolescente insegura que aprendia a lidar com sua posição de “divergente” –no filme, pessoa que não possui características de apenas uma das castas apresentadas na história–, ela agora é uma líder rebelde segura de si. Caçada pelo governo central liderado por Jeanine (Kate Winslet), a jovem encabeça uma rebelião para derrubar o regime totalitário.
A própria Shailene Woodley parece mais madura em sua fase após “A Culpa é das Estrelas”. Atuando em filmes de maior densidade, como a cinebiografia “Snowden”, que deve ser lançada ainda em 2015, a atriz mostra hoje posicionamento ativo em questões políticas. E, se muitas vezes o termo “personagem feminina forte” é utilizado para definir qualquer mulher boa de briga, em “Insurgente” ele de fato cabe de fato em Tris, que faz suas próprias escolhas, contrariando opiniões e arcando com as consequências.
O universo da série, porém, continua não fazendo muito sentido. A sociedade pós-apocalíptica que se formou nos destroços de Chicago se dividiu em castas que mais parecem panelinhas do colegial: Abnegação (“comunistas”), Amizade (“hippies”), Audácia (“atletas”), Erudição (“nerds”) e Franqueza (“debatedores”). E, por algum motivo, quem não se enquadra em um desses nichos é uma ameaça para a sociedade e deve ser caçado e exterminado.
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Fonte: UOL