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quarta-feira, 9 abril, 2025

Chavismo apresenta militar como candidato a governador em região disputada por Guiana e Venezuela

Durante um evento oficial, o presidente Nicolás Maduro anunciou os nomes dos 24 candidatos a governador pelo chavismo, incluindo o almirante Neil Villamizar, de 55 anos, escolhido para disputar o governo do Essequibo

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ESSEQUIBO – A Venezuela realizará eleições parlamentares e regionais no próximo dia 25 de maio, incluindo, pela primeira vez, a escolha de autoridades para o Essequibo, um território de 160.000 km² cuja soberania é disputada há mais de um século com a Guiana. A decisão do governo venezuelano reacendeu as tensões com Georgetown, que administra a região e considera a iniciativa uma violação de sua soberania.

O território voltou ao centro da disputa em 2015, após a descoberta de grandes reservas de petróleo pela empresa ExxonMobil. Desde então, a Venezuela tem intensificado suas reivindicações sobre a área, culminando na realização de um referendo em dezembro de 2023, no qual a população venezuelana respaldou a anexação do Essequibo.

Durante um evento oficial, o presidente Nicolás Maduro anunciou os nomes dos 24 candidatos a governador pelo chavismo, incluindo o almirante Neil Villamizar, de 55 anos, escolhido para disputar o governo do Essequibo. Villamizar teve uma longa trajetória na Força Armada Nacional Bolivariana e comandou a Marinha venezuelana entre julho de 2023 e outubro de 2024.

O vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, destacou que, além dos governadores, também serão eleitos deputados para representar o território reivindicado. Segundo ele, esse processo eleitoral cumpre um mandato popular expressado no referendo realizado no ano passado.

A Guiana, por sua vez, rejeitou veementemente a realização das eleições na região e alertou que qualquer cidadão em seu território que apoiar a iniciativa poderá ser preso e julgado por traição. O governo guianense defende que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ratifique sua soberania sobre o Essequibo com base em um laudo arbitral de 1899. Em resposta, a Venezuela argumenta que o laudo foi anulado pelo Acordo de Genebra de 1966, firmado antes da independência da Guiana.

Diante do agravamento da crise, as autoridades guianenses pediram em 6 de março que a CIJ adote medidas de proteção contra a convocação das eleições venezuelanas, intensificando a disputa diplomática e jurídica sobre o território.

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