O pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu nesta quinta-feira (23) um pacto com os países que também abrigam a Amazônia para enfrentar o narcotráfico e o tráfico de armas que estão por trás de crimes ambientais que ameaçam a floresta e os povos indígenas. Em entrevista à Rádio Difusora do Amazonas, Lula disse que, se ganhar a eleição, vai convocar uma reunião com os presidentes da Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela para debater o tema.
“Temos de estabelecer a pactuação de uma política comum entre nós para cuidarmos da questão do narcotráfico, do tráfico de armas e da preservação e do desenvolvimento de toda a região”, afirmou Lula. É uma coisa muito séria nesse século 21, em que a questão climática aparece em primeiro lugar em qualquer discussão no mundo. Seja sobre desenvolvimento ou modelo de produção. Precisamos ter consciência de que precisamos cuidar do planeta, porque senão vamos destruí-lo, o que já estamos fazendo. E precisamos ter a noção de que as coisas precisam mudar”, acrescentou.
Ao enfatizar a fragilidade das fronteiras brasileiras e o fato de o país ter se transformado em rota internacional do narcotráfico e do comércio ilegal de armas, o ex-presidente disse também que vai ouvir governadores. Ele espera que, a partir da experiência desses governadores, possa agregar pontos para sua política para as fronteiras.