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Brasileiros enfrentam desafios em busca de melhores condições de vida na Guiana Francesa

O aumento da presença de estrangeiros, muitos deles em situação irregular, é evidente nas ruas, onde pedem por dinheiro e emprego.

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CAIENA – Nos últimos cinco anos, o estado do Amapá tem experimentado um crescente fluxo de imigrantes que atravessam a fronteira com a Guiana Francesa em busca de oportunidades no Brasil. O aumento da presença de estrangeiros, muitos deles em situação irregular, é evidente nas ruas, onde pedem por dinheiro e emprego.

Milena Monert, uma imigrante cubana, compartilhou sua experiência de deixar Cuba no ano passado, juntamente com seu marido, para escapar das difíceis condições de vida. O casal deixou para trás seus dois filhos e familiares em busca de trabalho no Brasil. No entanto, Milena revela as dificuldades enfrentadas em Macapá para conseguir emprego e se adaptar à nova realidade.

A Casa Passagem, uma iniciativa administrada pela Igreja Católica em Macapá, tem desempenhado um papel crucial ao acolher e apoiar imigrantes como Milena. Fundada há um ano, a casa já ajudou 24 estrangeiros provenientes da Guiana, que cruzaram a fronteira em Oiapoque, em busca de melhores condições de vida, fugindo da pobreza.

Maria Raimunda Valente de Oliveira Damasceno, professora e voluntária na Casa Passagem, destaca que a maioria dos estrangeiros chega ao Amapá de maneira ilegal. Ela ressalta a importância do apoio oferecido pela Casa, fornecendo ajuda financeira, auxílio na busca por emprego e um lugar para dormir.

Embora alguns imigrantes busquem regularizar sua situação, casos de entrada ilegal são frequentes. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Oiapoque tem registrado detenções de pessoas que tentam entrar ilegalmente no Brasil. Em janeiro deste ano, um idoso de 69 anos foi preso transportando migrantes ilegais da Guiana Francesa.

A PRF destaca que, somente em 2023, foram detidas oito pessoas que entraram ilegalmente no Brasil pela fronteira do Amapá. Nos últimos cinco anos, 401 estrangeiros foram apresentados à Polícia Federal. Caso sejam considerados ilegais no Amapá, os imigrantes ficam detidos e são deportados para seus países de origem.

O chefe do núcleo de comunicação da PRF no estado, Jean Pantoja, aponta que a maioria dos casos envolve haitianos que atravessam o Suriname para chegar à Guiana, utilizando o Amapá como rota para alcançar estados como São Paulo e Belo Horizonte. A crise política no Haiti tem levado muitos haitianos a buscar refúgio no Brasil.

Em dois anos, mais de duzentos haitianos, 59 venezuelanos e 17 cubanos solicitaram refúgio no Amapá, de acordo com informações estatísticas da Secretaria de Estado das Relações Internacionais e Comércio Exterior. O governo amapaense destaca que, em casos de vulnerabilidade, os migrantes podem buscar apoio, sendo o primeiro atendimento realizado nos municípios em que estão inseridos, incluindo assistências sociais das prefeituras em situações de rua.

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