A Guiana leiloou 14 de seus campos de petróleo offshore para financiar o desenvolvimento futuro do país, disse o vice-presidente, Bharrat Jagdeo, acrescentando que entre os países interessados estão Brasil, Catar, Kuwait e Índia.
“Queremos vários investidores entrando aqui… eles podem começar simultaneamente”, disse Jagdeo durante a Conferência Internacional de Energia da Guiana e a Expo 2023, conforme citado pelo jornal guianês News Room.
Os futuros investidores terão permissão para desenvolver apenas três campos de petróleo simultaneamente, disse o oficial.
A rodada de licitações para 14 campos de petróleo foi lançada em dezembro passado e deve ser concluída até abril de 2023, com o governo da Guiana esperando assinar contratos até o final de maio, acrescentou o relatório.
De acordo com Jagdeo, Brasil, Catar, Índia e Kuwait têm interesse em desenvolver os campos de petróleo da Guiana, e o Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos também manifestaram interesse em investir no setor de petróleo da Guiana.
As autoridades do país querem concluir acordos mais favoráveis com novos investidores em comparação com o acordo concluído com o consórcio liderado pela ExxonMobil para o bloco petrolífero.
O novo acordo incluirá uma taxa de royalties de 10%, em comparação com os 2% fornecidos pela ExxonMobil. O governo também introduzirá um imposto corporativo de 10%, reduzirá o limite de recuperação de custos de 75% para 65% e manterá uma participação nos lucros pós-recuperação de 50/50 entre o governo e a empreiteira, acrescentou o relatório.
A Guiana começou a exportar petróleo em 2020 e, desde então, fornece matérias-primas principalmente para os países do Caribe e os Estados Unidos, além da China. Em março de 2021, a Guiana transportou seu primeiro petroleiro para a Índia, que tentava reduzir sua dependência de matérias-primas do Oriente Médio.