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Brasil rejeita uso da força e busca solução pacífica em crise regional durante reunião entre Venezuela e Guiana

O ponto central da discussão é a controvérsia sobre Essequibo, território reivindicado pelos venezuelanos desde o século 19

Atualizado há

BRASÍLIA – Em uma tentativa de mediar a crescente tensão na região de Essequibo, a delegação brasileira, liderada pelo embaixador Celso Amorim, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, participará de uma reunião entre os presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Irfaan Ali, da Guiana, em São Vicente e Granadina, nesta quinta-feira (14).

Os representantes do governo brasileiro pretendem transmitir uma mensagem de que a América do Sul é uma região de “paz e cooperação”, rejeitando veementemente o uso da força e ações unilaterais em conflitos. A abordagem brasileira ressalta a tradição de diálogo para a resolução de divergências na região.

O ponto central da discussão é a controvérsia sobre Essequibo, território reivindicado pelos venezuelanos desde o século 19, mas que pertence à Guiana desde sua independência da ex-colônia britânica no século 20. Agravando a situação, o governo de Maduro conduziu um referendo que aprovou a anexação de Essequibo, intensificando as tensões na região.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou preocupação com a crise, destacando sua decepção crescente com Nicolás Maduro. O líder brasileiro sinalizou a possibilidade de rompimento político caso ocorra a invasão da região guianense. Lula, que anteriormente recebeu Maduro em Brasília em maio deste ano, expressou descontentamento com as atitudes do presidente venezuelano, lamentando que elas tenham minado os esforços brasileiros para normalizar as eleições no próximo ano na Venezuela e retirar o país do isolamento.

O presidente brasileiro alertou Maduro sobre o risco de suas ações proporcionarem pretexto para potências estrangeiras, como os Estados Unidos, enviarem tropas à região. A conversa por telefone entre os líderes evidenciou a crescente apreensão com a possibilidade de um conflito na América do Sul.

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