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domingo, 16 março, 2025

Brasil e Venezuela reafirmam laços de amizade em reunião no Suriname

O chanceler venezuelano, Yván Gil, expressou por meio de seu canal no Telegram que o encontro serviu para fortalecer as relações bilaterais, destacando o respeito pela soberania dos povos de ambas as nações

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DA REDAÇÃO – Em meio a um cenário diplomático delicado, os ministros das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, e do Brasil, Mauro Vieira, aproveitaram a XV Reunião de Ministros das Relações Exteriores da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), realizada no Suriname, para reafirmar os “laços de amizade e respeito mútuo” entre os dois países. A informação foi divulgada por um representante do regime socialista de Caracas nesta segunda-feira (3).

O chanceler venezuelano, Yván Gil, expressou por meio de seu canal no Telegram que o encontro serviu para fortalecer as relações bilaterais, destacando o respeito pela soberania dos povos de ambas as nações. “Este encontro nos permitiu reafirmar nossos laços de amizade e respeito mútuo pela soberania de nossos povos”, disse Gil, sinalizando uma tentativa de superar divergências políticas recentes.

O objetivo da OTCA, entidade composta por países da região amazônica como Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, é promover a cooperação regional, especialmente nas áreas de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável da Amazônia. Durante a reunião, Gil destacou que o encontro foi essencial para “abordar a cooperação regional em prol da conservação e do desenvolvimento sustentável da Amazônia, recurso vital para a humanidade”.

No contexto da crise climática global, a Venezuela também aproveitou a oportunidade para apresentar seu plano de “transformação ecológica”, que visa reorganizar a produção e o consumo capitalista. De acordo com o chanceler, o objetivo é enfrentar de maneira efetiva as mudanças climáticas, com ações voltadas para a sustentabilidade e preservação da floresta amazônica.

O encontro entre os chanceleres ocorre em um momento sensível para as relações diplomáticas entre Brasil e Venezuela, após a reeleição contestada de Nicolás Maduro em julho de 2024. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até o momento, não reconheceu formalmente a reeleição de Maduro, acusada de fraude, conforme relatado por opositores como Edmundo González. O presidente brasileiro, juntamente com líderes de México e Colômbia, tentou mediar a crise pós-eleitoral, pedindo a publicação das atas eleitorais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que até agora segue sem divulgá-las, contrariando a legislação do país.

Maduro, por sua vez, minimizou a situação, afirmando que não há uma “crise com o Brasil”, mas apenas “divergências” entre as chancelarias dos dois países. Mesmo assim, o governo venezuelano se viu forçado a responder à pressão internacional, sendo instado por Lula e o presidente francês Emmanuel Macron a retomar o diálogo com a oposição para garantir o retorno à democracia e à estabilidade no país.

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