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Bênção para casais gays divide opiniões entre evangélicos na França

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A Igreja Protestante Unida da França, com cerca de 400.000 fieis, autorizou a benção para casais homossexuais. Outras comunidades evangélicas criticaram a decisão.

A prática da bênção a casais do mesmo sexo adotada pela principal igreja protestante da França passou a ser vista, no panorama religioso do país, tanto como um avanço simbólico e positivo por homossexuais, como “perturbador” por outras denominações evangélicas. A decisão foi tomada no domingo, em um sínodo nacional no qual a Igreja Protestante Unida da França (IPUF), que engloba luteranos e reformados, aprovou por ampla maioria – com 94 votos a favor e três contra – a possibilidade de abençoar esse tipo de união.

O texto tenta conciliar os que querem permitir o amparo dos casais homossexuais com aqueles que se opõem a outorgar esse gesto litúrgico, por isso dá aos pastores a última palavra. O casamento não é um sacramento para muitos protestantes, mas essa decisão abre a porta para que os casados no civil sejam abençoados nos templos. O debate, como reconheceu o presidente do conselho nacional da IPUF, o pastor Laurent Schlumberger, foi “acalorado”, mas desembocou na convicção de que essa abertura poderia representar “a palavra comum” de sua igreja.

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Essa corrente protestante, que conta com 110.000 membros ativos entre seus cerca de 400.000 fiéis, começou a trabalhar sobre esta questão há 15 anos, mas acelerou as discussões após a aprovação, em maio de 2013, da lei que autorizou na França a união civil homossexual. Desde 2011, a Missão Popular Evangélica, uma igreja muito menor que a IPUF, era a única do país a dar aos casais homossexuais “um gesto litúrgico de amparo”. Esta nova aceitação, segundo Schlumberger, foi uma “questão pastoral, mais pragmática do que de doutrina”.

Para os LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), este é “um passo simbólico” e “um avanço rumo a uma maior aceitação”, o que não exclui o fato de que é preciso “continuar com os avanços”. Sua importância, conforme explicou o porta-voz da associação, Nicolas Rividi, tem maior ou menor impacto segundo a fé de cada pessoa, mas a decisão, em sua opinião, “faz parte de um movimento global ao qual essa igreja acaba de entrar, e pode ser que outras façam o mesmo no futuro”.

Para o Conselho Nacional dos Evangélicos da França (CNEF), no entanto, a IPUF abriu a caixa de Pandora: “não há dúvida de que essa decisão marcará de forma negativa as relações dessa igreja com os evangélicos e complicará também as relações com outras igrejas”. O comunicado, publicado após as conclusões do sínodo, ressalta ainda que a resolução da IPUF foi feita com base em “escolhas contestáveis”, entre elas a de abençoar uma prática “condenada pela Bíblia”.

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Fonte: Veja

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