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ATENÇÃO: Venezuela pode invadir Essequibo após eleições para manter apoio interno de Maduro

Imagens de satélite registradas pelo CSIS mostram que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas da Venezuela (FANB) estão transferindo mais equipamentos e pessoal para a região de Essequibo

Atualizado há

ESSEQUIBO – Recentes monitoramentos realizados pelo Centro para Estudos Internacionais Estratégicos (CSIS) revelam que a Venezuela tem aumentado significativamente sua presença militar nas proximidades da fronteira com a Guiana, intensificando as tensões em torno do território de Essequibo. Este território é historicamente disputado por ambos os países.

Segundo o CSIS, a movimentação venezuelana é alarmantemente similar às ações das tropas russas antes da invasão da Ucrânia em 2022. Apesar das análises predominantes que subestimam as intenções da Venezuela, o CSIS alerta que, após as eleições venezuelanas, as tensões podem atingir um ponto crítico, levando o país a uma invasão efetiva da Guiana.

O governo de Nicolás Maduro tem alimentado um forte sentimento nacionalista e de constante estado de guerra entre seus apoiadores e as forças armadas. Essa postura, conforme o CSIS, pode culminar em uma ação militar para manter o apoio interno, especialmente das forças armadas. “Eventualmente, ele poderá enfrentar um ponto sem retorno em que será obrigado a agir para manter o apoio das forças armadas internamente”, afirma o CSIS.

A pesquisa sugere que Maduro pode utilizar a crise com a Guiana como uma estratégia para desviar a atenção de uma possível fraude eleitoral, ocultando os desdobramentos de uma eleição contestada. Recentemente, Maduro tem impedido a candidatura de opositores e implementado mecanismos que dificultam a participação de rivais nas eleições.

Imagens de satélite registradas pelo CSIS mostram que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas da Venezuela (FANB) estão transferindo mais equipamentos e pessoal para a região de Essequibo, especialmente na base militar na Ilha de Ananoco. As imagens revelam a ampliação de um campo de aviação e a construção de uma torre de controle, facilitando o envio de tropas e equipamentos por aviões de pequeno porte.

A crescente militarização venezuelana na fronteira com a Guiana ocorre em um contexto de alta tensão regional. Os Estados Unidos realizaram recentemente um exercício militar na Guiana, ação que a Venezuela considerou uma ameaça direta. Além disso, a crise política interna da Venezuela, marcada por repressões e manipulações eleitorais, contribui para a instabilidade na região.

O cenário descrito pelo CSIS aponta para uma possível escalada de conflito entre Venezuela e Guiana, centrado na disputa pelo território de Essequibo. As ações de Nicolás Maduro e a movimentação militar venezuelana sugerem uma estratégia deliberada para desviar a atenção de questões internas, ao mesmo tempo em que alimentam o nacionalismo e garantem o apoio das forças armadas.

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