Nos últimos dias, circulou nas redes sociais um vídeo que alegadamente mostrava militares venezuelanos se movimentando em território brasileiro, sugerindo uma possível invasão à Guiana. Contudo, após investigação, foi confirmado que as informações eram falsas e descontextualizadas.
A gravação em questão foi registrada na Colômbia durante um confronto recente no sul do país, envolvendo organizações paramilitares como o ELN (Exército da Libertação Nacional), dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o Clan del Golfo, este último envolvido com o narcotráfico.
Por meio de busca reversa, identificou a origem do vídeo, que foi publicado em 27 de novembro e mostra um conflito no distrito de Bolívar, obrigando mais de 1.400 pessoas a deixarem suas casas nas cidades de Santa Rosa del Sur, Arenal, Morales e Montecristo.
A desinformação disseminada nas redes sociais alegava que Nicolas Maduro teria dado ordens para que militares venezuelanos entrassem na Guiana, utilizando uma rota que passaria pelo Brasil. No entanto, não há evidências ou confirmações de tal ação.
É importante destacar que, embora a informação sobre a invasão seja falsa, há uma situação real de tensão entre Venezuela e Guiana. Nicolás Maduro ameaçou iniciar um conflito para tomar uma parte da Guiana, conhecida como Essequibo, que já fez parte do território venezuelano. Um referendo popular foi convocado para decidir se a Venezuela deve tentar anexar cerca de 74% dessa área, com a votação prevista para 3 de dezembro.
Este caso destaca a importância da verificação de informações antes de compartilhá-las, especialmente em plataformas de mídia social, onde a desinformação pode se espalhar rapidamente. É importante e necessário a checagem de fatos para combater a propagação de informações incorretas e garantir uma compreensão precisa dos eventos.