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Assassino de 77 pessoas na Noruega é admitido em universidade

Atualizado há

Anders Behring Breivik foi condenado a 21 anos de prisão e está preso. Universidade de Oslo aceitou sua inscrição no curso de ciência política.

A Universidade de Oslo anunciou nesta sexta-feira (17) que aceitou a inscrição de Anders Behring Breivik em seu curso de ciência política, mas a perspectiva de um diploma ainda está muito distante para este extremista de direita que matou 77 pessoas em 2011.

Na Noruega, todo detento tem o direito de cursar uma faculdade, se dispor de uma bagagem escolar suficiente. Desta forma, Breivik pleiteou uma vaga para cursar o primeiro ciclo universitário que pode, em teoria, levar a um diploma.

“Ele obteve uma vaga. Ele cumpre os critérios” necessários, declarou à AFP Marina Tøfting, porta-voz da Universidade de Oslo.

Mas a obtenção de um diploma de graduação não é possível atualmente para Breivik, porque cinco das nove disciplinas obrigatórias do currículo são presenciais.

Nas suas atuais condições de detenção, confinamento solitário sem acesso à internet, ele não poderá ir ao campus ou interagir com professores ou outros estudantes.

Seus contatos com a universidade vão passar por um intermediário.

“Ele não beneficiará de isenção”, garantiu o professor de Ciência Política Dag Harald Claes à AFP. “Ele só poderá cursar essas matérias quando o seu regime de detenção mudar ou, eventualmente, se for libertado um dia”.

Em 22 de julho de 2011, Breivik, que argumentou querer atacar o multiculturalismo, detonou uma bomba perto da sede do governo em Oslo e, em seguida, abriu fogo em um encontro de jovens trabalhistas na ilha de Utoya, cerca de trinta quilômetros da capital norueguesa.

Hoje ele cumpre uma sentença de 21 anos de prisão que pode ser renovada indefinidamente, enquanto ainda for considerado perigoso.

“Dói muito saber que ele poderá estudar, mas é assim que funciona na Noruega (…) Isso dói ainda mais quando o anúncio é feito poucos dias antes do aniversário” de quatro anos dos ataques, reagiu a presidente da grupo de apoio às famílias das vítimas, Lisbeth Kristine Røyneland.

“Mas ele ler romances ou livros de ciência política não importa para nós, enquanto ele permanecer atrás das grades”, disse à AFP.

Breivik já havia tentado em 2013 uma vaga num curso de ensino superior, mas não tinha as competências acadêmicas necessárias.

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Fonte: G1

 

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