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Após invadir a Guiana, vamos devolver a região do Pirara para o Brasil, diz Maduro, buscando apoio brasileiro no conflito

Enquanto a proposta de Maduro agita o cenário geopolítico regional, o Brasil enfrenta o desafio de avaliar as implicações de aceitar tal oferta

Atualizado há

CARACAS – Uma reviravolta surpreendente na disputa territorial entre Brasil, Venezuela e Guiana está agitando as relações diplomáticas na América do Sul. Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou recentemente uma proposta audaciosa: devolver ao Brasil a região do Pirara, em troca de apoio brasileiro em suas reivindicações territoriais na Guiana.

A controvérsia remonta a 1899, quando uma comissão arbitral em Paris decidiu atribuir grande parte da região do Pirara ao Reino Unido, que mais tarde transferiu o território para a recém-independente Guiana. Esta decisão dividiu a região, deixando cerca de 13.570 km² sob jurisdição brasileira, agora parte do estado de Roraima. O Brasil contestou sem sucesso a decisão em um tribunal internacional em 1904.

Maduro, aproveitando a descoberta de vastas reservas de petróleo na Guiana Essequiba, reacendeu a disputa territorial, reivindicando essa área que abrange 159.500 km². Como parte de sua estratégia, ele propôs devolver ao Brasil a parte do Pirara que atualmente está sob domínio guianense. Esta oferta, segundo Maduro, visa fortalecer sua posição diplomática ao buscar o apoio brasileiro contra a Guiana.

Para o Brasil, a possível recuperação do Pirara traria implicações estratégicas significativas. Além de fortalecer sua presença na fronteira norte, uma região chave para a segurança nacional, o território é rico em recursos naturais como minérios e madeira, prometendo impulsionar o desenvolvimento econômico local. A região também tem uma população com fortes laços históricos com o Brasil, o que aumenta a relevância da disputa.

Enquanto a proposta de Maduro agita o cenário geopolítico regional, o Brasil enfrenta o desafio de avaliar as implicações de aceitar tal oferta. A decisão envolve não apenas considerações diplomáticas e estratégicas, mas também repercussões econômicas e sociais para as comunidades locais.

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