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Após ataques em Paris, 27 estados americanos descartam receber refugiados sírios

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A maioria dessas regiões é governada por republicanos. Eles se opõem à proposta do presidente Obama de receber 10 000 refugiados.

Pelo menos 27 estados americanos descartaram receber refugiados sírios após os atentados terroristas que provocaram 129 mortes nesta sexta-feira em Paris. Com exceção de New Hampshire, todas essas regiões têm governantes do Partido Republicado, que é opositor ao presidente Barack Obama.

O posicionamento desses estados ocorreu após surgirem mais informações sobre os suspeitos envolvidos nos ataques. Ao lado do corpo de um dos homens-bomba que agiu na frente do Estádio da França, foi encontrado o passaporte de um homem que entrou na Europa com grupo de refugiados da Síria. Ainda não foi confirmado, no entanto, se o documento de fato pertencia ao agressor.

Em setembro, o presidente americano, Barack Obama, ordenou que seu governo iniciasse os preparativos para que o país recebesse 10 000 refugiados sírios a partir do mês seguinte. Nesta segunda-feira, o assessor adjunto do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, afirmou que essa meta está mantida.

O governador do Texas, Greg Abbott, foi um dos que elevou o tom contra o acolhimento a refugiados. Em carta enviada nesta terça-feira a Obama, ele afirmou que o seu estado “não aceitará nenhum refugiado da Síria após o letal ataque terrorista em Paris. Além disso, eu e milhões de americanos imploramos para que interrompa os seus planos de aceitar mais refugiados sírios nos Estados Unidos. Um refugiado sírio parece ter tido participação no ataque terrorista em Paris”.

O governador de Ohio, John Kasich, pré-candidato do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2016, afirmou que “de nenhuma maneira” “pode ser colocada em risco a segurança do povo americano com o recebimento de refugiados sírios”.

Na cúpula do G20, que acontece em Antalya, na Turquia, Obama condenou as recusas a permitir a entrada de refugiados nos Estados Unidos: “Isso é vergonhoso, isso não é americano, isso não é o que somos. Nós não fecharemos nossos corações a essas vítimas de semelhante violência”, declarou.

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Fonte: Veja

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