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Apagão na Argentina começou em linha de transmissão entre centrais nas fronteiras com Paraguai e Uruguai, diz empresa

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Na tarde deste domingo (16), Edesur Argentina, uma das distribuidoras de eletricidade do país, disse que conexão de transporte entre as centrais de Yaciretá e de Salto Grande apresentou falha e acionou proteções nas demais centrais.

O apagão que afetou milhões de pessoas na Argentina e no Uruguaineste domingo (16) foi provocado por uma falha na conexão de transporte entre duas das centrais do sistema interligado, que ficam no Litoral argentino, como é conhecida a região nordeste do país. A informação foi divulgada pela Edesur Argentina, uma das empresas responsáveis pela distribuição da eletricidade no país.

“A falha na rede que originou o apagão em nível nacional se originou em uma conexão de transporte de eletricidade entre as centrais de Yaciretá e de Salto Grande, no litoral argentino. Isso ativou as proteções das centrais geradoras, que saíram de funcionamento e produziram o apagão”, afirmou a Edesur Argentina.

Juntas, as populações de Argentina e Uruguai somam cerca de 48 milhões de pessoas. Até as 16h30, as quatro empresas que distribuem a energia nos dois países vizinhos disseram que praticamente todo o serviço já havia sido normalizado.

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O que é o sistema interligado?

Conhecido pela sigla Sadi, o Sistema Argentino de Interconexão Elétrica é a rede de distribuição de energia do país. Ela também tem interligações com o Uruguai, por isso o apagão afetou ambos os países.

Na tarde deste domingo (16), a Edesur divulgou um mapa mostrando as conexões do Sadi, e disse que o problema teve início no transporte da conexão entre dois dos pontos na região noroeste do mapa, que fica próxima das fronteiras da Argentina com o Uruguai, o Paraguai e o Brasil.

Como é feita a distribuição?

O sistema não é usado por apenas uma empresa. No total, três distribuidoras atuam na Argentina: a Edesur, a Edenor e a Edelap.

Por meio de uma rede social, as três empresas atualizaram os usuários durante todo o domingo sobre o restabelecimento do sistema. A Edesur informou por volta de 16h que 95% do serviço havia sido restabelecido, assim como a Edenor. A Edelap disse por volta de 15h30 que já tinha restabelecido o serviço para 100% de seus clientes.

Já no Uruguai, quem responde pelo serviço é a empresa estatal Administração Nacional de Usinas e Transmissões Elétricas (UTE). Ela afirmou que a falha afetou boa parte do país, sobretudo as cidades do litoral do Rio da Prata, que inclui a capital Montevidéu, e disse que, às 13h40, 88% dos serviços já eram considerados normalizados.

O que dizem as autoridades?

A UTE explicou, em um comunicado, que o problema na Argentina afetou o Uruguai porque “o sistema interconectado necessita de um mecanismo de proteções que atuam quando se produzem desequilíbrios na rede”, e que o sistema “avalia segundo a segundo a relação entre geração e demanda de energia”.

Ainda de acordo com o comunicado, “quando a demanda cai, a geração automaticamente cai na mesma magnitude. Ao se produzir uma queda massiva na Argentina, as proteções atuaram automaticamente no sistema uruguaio, assim como nos demais países interconectados, o que fez com que se interrompesse a geração que abastece a totalidade da demanda” no Uruguai.

A Edelap afirmou que o restabelecimento do serviço dependia da autorização da Companhia Administradora do Mercado Mayorista Elétrico (Cammesa) da Argentina.

Em seu site, a Cammesa mantém gráficos em tempo real da demanda por energia elétrica, que indicam como ocorreu a queda súbita da demanda por volta das 7h deste domingo:

O problema afetou o Brasil?

Pela manhã, a Edesur chegou a afirmar que Paraguai e Brasil também foram afetados pelo apagão. Porém, questionado pelo G1, o Operador Nacional do Sistema (ONS) informou que monitora a situação e que, até as 11h, não havia registrado qualquer impacto do apagão no fornecimento de energia no Brasil, inclusive na região sul.

Segundo a agência de notícias EFE, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e a empresa Rio Grande Energia, que compartilham os serviços de distribuição de energia em toda a Região Sul do Brasil, também informaram que o apagão nos países vizinhos “não teve reflexos” no território brasileiro.

Fonte: G1

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