Vendas de cerveja em volume caíram 2,4% na comparação com o 3º trimestre de 2017. No Brasil, queda foi ainda maior: 3,1%. Receita líquida, entretanto, cresceu 5,8%.
A Ambev teve lucro líquido ajustado de R$ 2,892 bilhões no terceiro trimestre, queda de 10,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Sem ajustes, o lucro líquido no período entre julho e setembro foi de R$ 2,907 bilhões, ante R$ 136,5 milhões na comparação anual (resultado impactado pela adesão ao Refis, o programa de regularização de dívidas tributárias).
A receita líquida atingiu R$ 11 bilhões no trimestre, crescimento de 5,8% em relação ao mesmo período de 2017. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) alcançou R$ 4,450 bilhões, uma alta de 9%.
“Com esses números, no acumulado do ano a receita líquida já cresceu 7,6%, enquanto o Ebitda teve aumento de 11,7%, totalizando R$ 13,6 bilhões”, destacou a companhia.
Segundo a Ambev, a receita líquida subiu em todas as nossas operações: Brasil (2,1%), América Central e Caribe (16,5%), América Latina Sul (13,9%) e Canadá (0,4%). A companhia destacou, entretanto, que as vendas foram impactadas por volumes fracos na Argentina, que passou a ser considerada uma economia altamente inflacionária.
Vendas de cerveja e refrigerantes em queda
O volume de cerveja vendido no 3º trimestre, entretanto, caiu 2,4% na comparação com o 3º trimestre de 2017.
No Brasil, a queda foi ainda maior, 3,1%, ficando “abaixo do mercado de cerveja, o qual contraiu aproximadamente 2,5%, de acordo com nossas estimativas, já que o mercado consumidor no país se manteve volátil, com baixo crescimento da renda disponível e confiança do consumidor em baixa”, disse a Ambev, acrescentando que o aumento dos preços pesou no volume vendido.
A receita por hectolitro de cerveja no Brasil subiu 4,6%, resultando no aumento de 1,3% na receita líquida, apesar da queda do volume.
Já o volume de refrigerantes vendido no país caiu 3,9%. Entretanto, a queda foi compensada por um aumento de 1,3% na receita por hectolitro, o que garantiu um avanço de 7% na receita líquida da categoria.
A queda do volume comercializado pela Ambev tem sido compensada pelo crescimento das cervejas premium e mais caras da Ambev. Segundo o balanço, as marcas Budweiser, Stella Artois e Corona tiveram um crescimento conjunto de volume de mais de 40% no terceiro trimestre no Brasil.
A dívida consolidada da empresa somava R$ 4,981 bilhões no fim de setembro, ante R$ 2,55 bilhões no fim de dezembro, com a empresa com uma posição de caixa de R$ 12,2 bilhões.
Resultado da AB InBev
Já o grupo AB InBev, maior fabricante mundial de cerveja e dono da Ambev, anunciou nesta quinta-feira uma queda de 37% do lucro líquido no terceiro trimestre, e informou a distribuição de dividendos será a metade em comparação ao ano passado.
Entre julho e setembro, a empresa registrou um lucro líquido de US$ 1,614 bilhão, contra US$ 2,582 bilhões no mesmo período de 2017.
O volume de vendas também diminuiu (-9.23%), a 146,1 milhões de hectolitros, contra 161 milhões no terceiro trimestre do ano passado. Mas a empresa destacou que as três marcas globais do grupo, Budweiser, Stella Artois e Corona, continuaram em alta durante o trimestre, com avanço de 7,7% a nível mundial.
Fonte: G1