Uma adolescente é suspeita de iniciar o incêndio que matou 19 jovens e feriu outras 17 em um dormitório estudantil na cidade de Mahdia, no sudoeste da Guiana, depois que seu celular foi confiscado por supervisores, informou a polícia na terça-feira.
“As investigações policiais sobre o incêndio mortal de domingo à noite em Mahdia, que custou a vida de 19 pessoas, revelam que uma estudante é suspeita de iniciar o incêndio devastador porque o supervisor do dormitório e um professor levaram seu telefone celular”, indica o relatório policial.
Mais cedo, um alto funcionário revelou à AFP sob sigilo que a jovem admitiu ter iniciado o incêndio. O informante disse que testemunhas apontaram que a aluna havia ameaçado incendiar as instalações em protesto contra a apreensão de seu celular pela administradora da residência escolar.
“Eles não estão autorizados a ter telefones celulares e encontraram essa garota com um telefone. Aparentemente ela estava enviando fotos. Então, pegaram o telefone da garota, que ameaçou naquela mesma noite incendiar o prédio”, disse o funcionário.
Segundo o funcionário, minutos depois que o celular foi confiscado, a adolescente foi ao banheiro e borrifou inseticida em uma cortina enquanto acendia um fósforo. Apesar dos esforços de outros estudantes para extinguir o fogo, as chamas rapidamente atravessaram o telhado de madeira e destruíram todo o prédio.
Custódia
A responsável pela residência, cujo filho está entre as vítimas mortais, disse à polícia que entrou em pânico e não conseguiu encontrar a chave correta para abrir a porta, o que atrasou a evacuação. A estudante que provocou as chamas permanece sob custódia policial no Hospital Mahdia enquanto as autoridades tentam determinar se ela pode ser acusada de acordo com a Lei de Justiça Juvenil.
O Conselheiro de Segurança Nacional e Capitão aposentado do Exército Gerry Gouveia disse que uma equipe de especialistas forenses de Barbados chegou à Guiana para ajudar na análise de DNA que vai identificar os corpos. Além disso, especialistas forenses dos Estados Unidos se juntarão às tarefas de reconhecimento nos próximos dias.